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Atendimentos de casos de AVC saltam 127% na região de Campinas em 5 anos


Em 2020, foram realizados 15.357 atendimentos no DRS de Campinas, número que chegou a 34.970 em 2024. Atendimentos para casos de AVC saltaram 127% na região de Campinas em 5 anos

O número de atendimentos por Acidente Vascular Cerebral (AVC) aumentaram 127% em 5 anos na região de Campinas (SP). Em 2020, foram realizados 15.357 atendimentos no Departamento Regional de Saúde (DRS) de Campinas, número que saltou para 34.970 em 2024.

O cardiologista Bruno Colontone explica que qualquer pessoa pode ter um AVC, mas fatores de risco como hipertensão e diabetes aumentam as chances. Familiares e ex-pacientes relatam as dificuldades enfrentadas após sofrerem um derrame.

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Em 2022, Sara Barbosa teve um AVC de tronco, conhecido como síndrome do encarceramento, quando a pessoa permanece lúcida, mas perde a fala e os movimentos do corpo. Ela tinha 36 anos e ficou internada por 180 dias.

"Foi um processo muito difícil, ela teve muitas infecções, tomou muito antibiótico, ela teve dois TEP [tromboembolismo pulmonar]. Foi um processo muito doloroso, muito difícil. A gente achou que ia perder a Sara", conta Sabrina Barbosa, irmã e cuidadora de Sara.

Depois do AVC, Sabrina conta que a rotina e os cuidados mudaram. A medicação e a alimentação são feitas por sonda. A dieta enteral precisa ser administrada três vezes ao dia. "Tudo é feito no leito. E a nossa comunicação veio pelo olhar, tudo que é positivo ela olha para cima e negativo para baixo"

Seu Antônio Adelino de Souza, de 67 anos, sofreu um AVC há quatro meses, enquanto estava internado no Hospital Mário Gatti para tratar uma infecção no braço. Hoje, ele se recupera em uma clínica.

"Eu levanto, eu me esforço em caminhar um pouquinho, me esforço em fazer exercícios, fazer oficina de terapia física e devagarzinho a gente 'vai indo', né? Porque, se você se entregar, você fica na cama direto. Graças a Deus, estou bem melhor do que estava antes", conta seu Antônio.

Atendimentos na região

Em 2020, o número de atendimentos por AVC foi de 15.357 na DRS Campinas. O número saltou para 34. 970 em 2024, o que representa um aumento de 127%. Ou seja, os casos mais que dobraram na região.

Em 2025, entre os meses de janeiro e março, já foram 7.673 atendimentos por AVC realizados na região.

2020 - 15.357

2021 - 26.169

2022 - 32.524

2023 - 33.524

2024 - 34. 970

2025 - 7.673 (janeiro a março)

Segundo o cardiologista Bruno Colontone, qualquer pessoa pode ter um AVC, mas fatores de risco aumentam as chances.

"A hipertensão arterial está muito correlacionada com o AVC. Diabetes, alterações de colesterol, aumento da gordura abdominal, gordura no fígado, estresse, sedentarismo, obesidade, todos esses são fatores que aumentam a chance da pessoa ter AVC", afirma.

Colontone explica que o AVC é uma doença que afeta os vasos sanguíneos no cérebro e que está correlacionada com a falta de irrigação de oxigênio para os neurônios.

"Isso acontece por dois mecanismos. Ou um entupimento, ou seja, a gente chama de isquêmico, quando forma um coágulo que entope o fluxo de sangue, ou quando você tem uma ruptura de um desses vasos, que seria o hemorrágico", explica o cardiologista.

Atendimentos para casos de AVC saltaram 127% na região de Campinas em 5 anos

Reprodução EPTV

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