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Autópsia fala em 'útero preservado' de homem brasileiro morto na Bolívia; veja documento e vídeo


Veja momento em que estudante é imobilizado por seguranças na Bolívia

O estudante brasileiro Igor Rafael Oliveira Souza, de 32 anos, morreu na terça-feira (26) em Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia.

A mãe de Igor, Neidimar Oliveira da Silva Souza, aponta que ele morreu após ser imobilizado e asfixiado por seguranças (veja vídeo acima).

A família ainda questiona a autópsia realizada da Bolívia. Uma das partes do documento que a família contesta indica que Igor tinha "útero de tamanho e consistência normal, com presença de menstruação" (veja abaixo).

Autópsia diz que Igor tinha 'útero normal com presença de menstruação'

reprodução

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A autópsia realizada na Bolívia também indica que a causa da morte de Igor foi:

anoxia anóxica (ausência de oxigênio);

asfixia mecânica por compressão torácica;

asfixia mecânica por sufocamento.

À TV Anhanguera, o consulado brasileiro disse que os seis seguranças envolvidos no caso já foram julgados e condenados a dois anos de prisão, mas estão soltos.

🔎 Na Bolívia, os condenados só ficam presos se a pena for maior que três anos de prisão.

A mãe de Igor desembarcou na Bolívia na tarde de domingo (31), para um encontro com autoridades no consulado brasileiro.

O que mostram as imagens

A família acredita que Igor Rafael Souza tenha entrado em um surto psicótico e saído pelas ruas pedindo ajuda, por acreditar que estava sendo perseguido.

Imagens de câmeras de segurança mostram quando ele entrou nervoso em um comércio (veja no início da reportagem).

Um funcionário tentou retirar ele do local. Seis minutos depois, seguranças apareceram carregando Igor para a calçada. Eles imobilizaram o estudante que, quando é virado para cima, aparece desacordado.

"Ele surtou no prédio onde ele morava pedindo ajuda. O pessoal chamou os guardas de uma escola alemã e esses guardas mataram meu filho asfixiado", diz a mãe.

Itamaraty acompanha caso

Igor Rafael e a mãe, Neidimar Oliveira, em imagem de arquivo

Arquivo pessoal/Reprodução

O Ministério das Relações Exteriores informou à TV Globo, em nota, que "tem conhecimento do caso e presta a assistência consular à família do brasileiro".

O Brasil tem um consulado-geral em Santa Cruz de la Sierra, mesma cidade onde a morte foi registrada.

Na nota, o Itamaraty não detalha a assistência prestada e não diz se pretende custear o traslado do corpo. Diz apenas que "a atuação consular do Brasil pauta-se pela legislação internacional e nacional".

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