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Banco Central vai regulamentar as novas modalidades de PIX


Banco Central vai regulamentar as novas modalidades de PIX

O Banco Central do Brasil vai regulamentar as novas modalidades de PIX.

Banco, para o administrativo Cleiton de Albuquerque Pereira, é no celular. Ele resolve tudo pelo aplicativo e se surpreendeu com uma novidade do PIX.

“Venha, venha conhecer, como um convite para você conhecer o novo PIX parcelado”.

Ele aceitou a oferta. Pegou R$ 4 mil emprestados no banco para quitar parte das despesas de um curso na Europa e vai pagar em dez parcelas.

“Eu consegui quitar o que eu ainda estava devendo do intercâmbio e pagando só o parcelamento do PIX parcelado”, diz Cleiton de Albuquerque Pereira.

O Cleiton mostra que as opções de PIX aumentaram muito no aplicativo do banco dele. Além do PIX normal, que é a transferência de dinheiro à vista, tem o PIX automático, para pagar contas mensais - como as de água e luz; o PIX por agendamento, para programar a transferência em uma data específica; e o parcelamento.

Os motivos que tornaram o PIX a forma de pagamento mais popular do país também são os maiores atrativos nessas novas modalidades: facilidade e rapidez na transação. Só que o parcelamento é mais complexo do que a simples transferência de dinheiro de uma conta para outra. Por isso, especialistas alertam que é preciso uma regulamentação. A principal preocupação é a cobrança de juros, que pode transformar a facilidade em dor de cabeça, como diz o professor da Fundação Getúlio Vargas, Lauro Gonzalez.

“Se o PIX propiciar uma expansão desenfreada de crédito, ele pode trazer um mal-estar para população através de um super endividamento ao invés do bem-estar prometido”, afirma Auro Gonzalez, coordenador do Centro de Estudos em Microfinanças e Inclusão Financeira da FGV-SP.

Esse é o receio da vendedora Regiane Santana.

"A gente vai utilizar o PIX em parcelamento e vai gerar juros para nós no nosso bolso".

A regulamentação deve padronizar a maneira que os bancos vão poder oferecer o PIX parcelado, incluindo informações como taxas de juros, número disponível de parcelas e o custo total da dívida. Também deve ficar claro se o financiamento está vinculado à contracorrente ou ao cartão de crédito, que têm custos diferentes. É exatamente o que a agente de viagens Janete Catino coloca na balança.

“Depende dos juros. Imagino que se for uma taxa que valesse a pena, por que não?”, diz.

O Banco Central informou que a regulamentação deve sair ainda neste semestre. A Febraban concorda com a necessidade de regras claras e também alerta que o acesso ao serviço é só pelos aplicativos dos bancos onde o consumidor tem conta.

“A gente sabe que toda vez que há o lançamento de um novo produto, há tentativas de novos golpes através de links falsos, através de e-mails, através de novos aplicativos. Então não é necessário que o cliente instale nenhum aplicativo. Para você, cliente pagador, vai ser transparente e não vai haver necessidade de instalar nada para seguir com o PIX parcelado”, explica Ivo Mósca, diretor executivo de Inovação e Produtos na Febraban.

Banco Central vai regulamentar as novas modalidades de PIX

Reprodução/TV Globo

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