Segundo a Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado da Bahia (SDE), foram identificados problemas estruturais significativos que comprometem e ameaçam a estabilidade do prédio. Ceasa do Ogunjá será interditada nesta sexta-feira (30)
A Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado da Bahia (SDE) interditou e suspendeu as atividades da Ceasa do Ogunjá, em Salvador, após serem identificados problemas estruturais significativos que comprometem e ameaçam a estabilidade do prédio.
Por meio de nota, a pasta informou que a decisão foi tomada nesta quinta-feira (28), após a SDE receber uma recomendação de fechamento do mercado da Superintendência de Patrimônio (SUPAT), vinculada à Secretaria da Administração (SAEB), na noite de quarta-feira (28).
Diante das informações sinalizadas pelo órgão, a SDE detalhou que foi necessária a interdição imediata do local, com o objetivo de evitar riscos a quem transita pelo mercado. Conforme a pasta, 41 permissionários atuam no local.
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Entre os problemas estruturais apresentados pelos engenheiros estão rachaduras em pilares, recalque nas fundações, além de corrosão em estruturas metálicas essenciais para a sustentação do prédio.
O solo do mercado também apresentou condições críticas, com presença de lençol freático muito superficial e acúmulo de água em períodos de chuva.
A SDE disse que está em contato com os permissionários e que uma reunião foi agendada para 5 de junho, às 14h, para discutir soluções provisórias.
Ao g1, Ana Carolina dos Santos, filha de uma permissionária, relatou que os comerciantes foram pegos de surpresa e avisados da interdição nesta quinta-feira, por volta das 15h.
"Eles disseram que, dentro do prazo de 24 horas, não era para abrir nada e que amanhã [sexta-feira (20)] ficaria aberto para que os permissionários pudessem retirar suas mercadorias, seus objetos e tudo de dentro dos galpões, porque seria fechado", contou Ana Carolina.
Segundo ela, a Ceasa do Ogunjá precisa de uma reforma e atenção dos órgãos competentes, mas os comerciantes cobram uma resposta das autoridades sobre o local em que eles poderão trabalhar até que os problemas estruturais sejam resolvidos.
Ana Carolina contou que a mãe e outros permissionários fizeram compras para poderem trabalhar normalmente na sexta-feira, achando que seria mais um dia normal de trabalho, mas receberam o aviso da interdição apenas no final da tarde.
"Eu me formei no curso de direito em dezembro de 2024, graças ao trabalho de minha mãe na Ceasa durante 15 anos. É muito humilhante e triste ver a forma como eles trataram as pessoas que lutam pra conseguir pagar suas dívidas e sobreviver", finalizou Ana Carolina.
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