Cícero Augusto Ribeiro Sandroni era paulista e morava no Rio
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Morreu na manhã desta terça-feira (17), aos 90 anos, o jornalista e escritor Cícero Sandroni, membro da Academia Brasileira de Letras (ABL). Ele ocupava a cadeira de número 6 da Casa.
Segundo a ABL, Sandroni teve choque séptico causado por infecção urinária. O corpo do escritor será velado na IBL nesta quarta (18).
Nascido em São Paulo, em 26 de fevereiro de 1935, Sandroni começou a carreira em 1954, na Tribuna da Imprensa, e em seguida transferiu-se para o Correio da Manhã. Também passou pelo Jornal do Brasil e O Globo, onde se destacou pela cobertura da área de política exterior.
Em abril de 1960, participou da cobertura da inauguração de Brasília e, convidado pelo prefeito da nova capital, esteve à frente da Secretaria de Imprensa do Distrito Federal.
Durante o regime militar, trabalhou na Tribuna da Imprensa de Hélio Fernandes, e em O Cruzeiro. Também fundou, com Odylo, Álvaro Pacheco e o diplomata Pedro Penner da Cunha, uma empresa gráfica de onde saíram as duas primeiras edições da revista de contos Ficção.
Cícero também fundou a Edinova, com Pedro Penner, editora pioneira na literatura latino-americana.
Participou das revistas Fatos e Fotos, Manchete e Tendência, como editor, além de colaborações com a revista Elle e com resenhas literárias no O Globo.
Cícero tomou posse como presidente da ABL em 13 de dezembro de 2007, eleito pela unanimidade dos seus pares e comandou a instituição entre 2008 e 2009.
O jornalista era casado com Laura Constância de Athayde Sandroni. Ele deixa cinco filhos, Carlos, Clara, Eduardo, Luciana e Paula, e um neto, Pedro.