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Colegas expõem na web estudante de 12 anos usando banheiro em escola pública do DF; vítima terá que mudar de colégio


Aluna vai trocar de escola depois de ser fotografada no banheiro e ter foto vazada

Alunos do Centro de Ensino Fundamental 3, na 103 Sul, divulgaram fotos de uma colega, de 12 anos, usando o banheiro da escola nas redes sociais.

A mãe da estudante conta que a menina foi fotografada do alto, com a calça abaixada e dando descarga. As fotos foram postadas em stories de um perfil do Instagram.

"Eram três stories. O primeiro: iniciando; segundo: vai começar o show; e o terceiro, a foto dela. Tirei print do pessoal que tava seguindo essa página. Mandei mensagem pra eles e falei 'boa noite, então vamos começar a brincadeira. Vou na delegacia denunciar vocês", afirma a mãe da menina.

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Depois, o perfil foi desativado. A mãe diz que a foto foi tirada quando a menina estava passando mal no colégio. Após a exposição, é a vítima quem terá que mudar de escola.

"Não quer vir à escola, não quer ficar mais na escola, quer trocar de escola. E tá com vergonha dos coleguinhas, tá com vergonha de ir pra escola", diz a mãe.

Mãe de estudante fala sobre perfil que postou fotos íntimas da filha nas redes sociais.

TV Globo/Reprodução

A menina não vai mais frequentar as aulas no CEF 3 da 103 Sul, mas, na segunda-feira (29), vai fazer as provas em uma sala reservada na escola.

"Nós fomos muito bem acolhidos pela diretora. Ela nos ouviu juntamente com a psicóloga. Ofereceu ajuda em procurar vaga em outra escola", diz a mãe da criança.

De acordo com a Secretaria de Educação, a Coordenação Regional de Ensino do Plano reservou uma vaga em outro colégio para a estudante.

Segundo a pasta, os alunos envolvidos no caso foram identificados e os responsáveis vão participar de uma reunião. As possíveis punições são advertência, suspensão e outras ações educativas.

O que fazer em casos deste tipo?

A vítima deve procurar a polícia para que a publicação seja rastreada, segundo o advogado e especialista em direito digital Lucas Karam.

"A internet não é terra de ninguém e tudo que você realiza na internet, via de regra, deixa rastros. E através desse rastro a Justiça e peritos, seja da autoridade policial ou seja peritos indicados pela Justiça, vão conseguir descobrir quem é que fez aquele fake, quem é que abriu aquela conta se passando por outra pessoa para realizar algum tipo de crime", aponta o especialista.

"E nesse caso dessa família, dessa vítima, no caso que é uma mulher, temos o crime tipificado de transfusão, de compartilhar aquele tipo de conteúdo íntimo sem autorização", diz.

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