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Dia do Sexo: saiba quais alimentos e bebidas podem funcionar como estimulantes sexuais


Chocolate faz parte da lista de alimentos afrodisíacos, segundo sexóloga de Sorocaba (SP)

Reprodução/Freepik

Já se perguntou o motivo de chocolates, vinhos, castanhas e frutas vermelhas estarem sempre sendo associados ao Dia dos Namorados ou sendo itens protagonistas de encontros de casais? Pode ser algo involuntário ou não, mas isso acontece porque são alimentos considerados afrodisíacos: isto é, que podem ser estimulantes de desejo sexual.

No Dia do Sexo, celebrado neste sábado (6), o g1 conversou com uma especialista para entender o efeito de alimentos afrodisíacos no corpo humano e como o consumo pode influenciar a libido, que, segundo ela, está diretamente ligada ao estado emocional das pessoas.

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Estes alimentos considerados afrodisíacos podem ser estimulantes sexuais, mas também podem não ser. O que acontece é que eles favorecem o estimulo da circulação no corpo, por isso são chamados desta forma, segundo Fabianne Ernande, sexóloga, psicanalista e terapeuta de Sorocaba (SP).

De acordo com ela, entre os principais alimentos associados ao estímulo da libido está o chocolate, porque possui substâncias ligadas ao prazer e traz um efeito de bem-estar no instante em que é consumido.

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"É muito mais sobre o simbolismo romântico disso, mas também existem outros alimentos, como as ostras, pimentas, castanhas e também o vinho. Todos eles podem ajudar, mas nenhum deles vai fazer milagre", destaca a profissional.

Fabianne explica que todos os alimentos considerados afrodisíacos têm seus prós e contras. Em resumo, eles melhoram a circulação, trazem energia e auxiliam na produção de hormônios, que acabam despertando vontades sexuais, mas é importante estar atento, pois o assunto possui uma "página dois" e o consumo em excesso precisa ser evitado.

"Estimular demais pode causar taquicardia, palpitação ou sensação de ansiedade, porque dá muito estímulo e, dependendo, pode causar insônia. Uma alternativa para um casal sair da rotina é usar um produto como teste. Não deve vincular a vontade sexual de uma pessoa a só consumir esses produtos", pontua.

Fabianne Ernande é sexóloga, psicanalista e terapeuta de Sorocaba (SP)

Arquivo pessoal

🌶️ Decifrar o corpo

Para entender de que forma os alimentos naturais afetam a libido, Fabianne explica que é necessário entender como o corpo se comporta ao sentir desejo. Isto para ambos os sexos.

"A libido não é só uma questão de hormônios, ela é uma soma de diversos fatores. Tem a mente, o corpo e também o relacionamento. Para os homens, a testosterona está muito ligada à questão do desejo e excitação, mas, se tiver episódios de estresse ou cansaço, uso de alguns medicamentos ou excesso de álcool, pode ter um efeito totalmente contrário", explica.

"Para as mulheres, a libido é muito mais influenciada pelas questões emocionais e também pela qualidade do relacionamento dela, o vínculo, a parceria, o desejo mesmo, não é só do corpo, também tem muita ligação com a mente e o emocional", acrescenta.

De acordo com a especialista, até mesmo produtos de sex shops possuem componentes considerados afrodisíacos. Alguns tônicos, que possuem efeitos diferentes para cada pessoa, são ricos em arginina, aminoácido que atua na vasodilatação, algo semelhante ao efeito de refrigerantes e energéticos que possuem cafeína, favorecendo o aumento de energia e disposição.

Para que a saúde sexual esteja saudável, é preciso cuidar da saúde mental, segundo sexóloga de Sorocaba (SP)

Reprodução/Freepik

Mas não basta comer um chocolate ou tomar um estimulante artificial para ter satisfação durante o sexo. De acordo com a especialista, é necessário estimular o maior e mais importante órgão sexual humano: o cérebro.

Para que a saúde mental esteja em dia, a especialista recomenda a prática regular de exercícios físicos, priorizar a qualidade de sono e ter uma alimentação saudável, evitando gorduras e consumindo alimentos com zinco e magnésio, que são essenciais para questões sexuais, de acordo com Fabianne.

"A saúde mental precisa estar equilibrada, o estresse, ansiedade e depressão podem dificultar questões da libido, além de um relacionamento ruim. Se não existe qualidade no relacionamento, não existe libido extra forte. Nosso cérebro possibilita fantasiar e criar cenários eróticos para que a gente consiga ter uma saúde sexual saudável. Terapia sexual também ajuda a desconstruir e reconstruir a vida sexual, para conhecer seus freios de prazer e entender qual é a sua personalidade sexual", explica.

🥜 'Viagra do sertão'

Em Itapetininga (SP), uma família de empreeendedores vende cachaça artesanal de diversos sabores, como abacaxi, banana, branca e ouro, mas o destaque é a cachaça "Viagra do Sertão".

Ketty Caroline Aparecida Beker e o esposo Luiz Gomes de Siqueira Junior usam castanha de baru para produzir a cachaça com a ajuda da filha.

Segundo uma pesquisa desenvolvida na Universidade Federal de Goiás (UFG), no curso de nutrição, o consumo desta amêndoa também tem benefícios para a prevenção de doenças crônicas, como Alzheimer, Parkinson, cirrose, diabetes, obesidade, câncer e doenças do coração.

"A nossa cachaça a gente faz há sete anos. Compramos a cachaça in natura e, aí, a gente deixa ela descansando no barril de carvalho, depois vamos retirando e fazendo sabores. Um dia eu estava mexendo na internet e descobri uma castanha que tem no cerrado brasileiro, a castanha de baru. Na época, a gente estava querendo uma coisa mais diferenciada e seria uma cachaça diferente por ser com ingrediente afrodisíaco", contou Ketty.

Cachaça artesanal 'Viagra do sertão' é feita com castanha de baru, considerada afrodisíaca, em Itapetininga (SP)

Ketty Caroline Aparecida Beker/Arquivo pessoal

A castanha de baru, que se parece com um amendoim, fica "curtindo" na cachaça por aproximadamente dois meses antes de o produto ser vendido. Segundo Ketty, os clientes costumam contar que os efeitos depois de tomar uma dose incluem melhora da circulação, aumento da libido, entre outros benefícios com sensação de bem-estar.

"Na mulher, a castanha não tem esse efeito de afrodisíaca, ela é mais afrodisíaca para os homens. Mas a gente vende bastante ela, graças a Deus", disse.

Apesar de não ser a principal fonte de renda da família, Ketty destaca que deseja investir em um espaço maior no futuro para poder receber o público e tirar a curiosidade de quem deseja conhecer os sabores inusitados de cachaça, até mesmo da "Viagra do Sertão".

Casal de Itapetininga (SP) produz cachaça de baru

Arquivo pessoal

Ketty Aparecida Beker e o esposo Luiz Gomes de Siqueira Junior produzem cachaça afrodisíaca em Itapetininga (SP)

Arquivo pessoal

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