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FAB leva para comunidades da Amazônia cuidados de saúde essenciais


Em 8 dias, a missão, que percorre o interior da Amazônia, realizou 37 mil atendimentos. Força Aérea Brasileira leva para comunidades da Amazônia cuidados de saúde essenciais

No Norte do Brasil, a Força Aérea está levando para comunidades da Amazônia alguns cuidados de saúde essenciais.

A dona de casa Aldenise Rodrigues saiu bem cedo de uma comunidade ribeirinha para a primeira consulta com um ginecologista. O hospital itinerante está montado sobre balsas na orla de Breves, na Ilha do Marajó.

Aldenise: Nunca tive a oportunidade. E hoje chegou o dia. Eu sou mãe de 12 filhos.

Repórter: Nunca fez um pré-natal?

Aldenise: Nunca fiz um pré-natal.

Em Breves, os serviços de saúde são escassos. Muita gente tem dificuldade para conseguir consulta com especialista. Algumas comunidades estão a 17 horas de barco da sede do município.

Luzia Rodrigues, dona de casa: Eu caí e não consigo enxergar desse lado aqui.

Repórter: É difícil conseguir consulta?

Luiza: É, porque é mais particular que tem.

A ação da FAB reúne cerca de 400 profissionais e conta com o apoio da ONG Voluntários do Sertão e da Fiocruz – que atua na detecção precoce do câncer de colo de útero.

“A gente identifica, entrega o resultado do teste e ela já faz o tratamento, que é um minuto a realização desse tratamento. Em seis meses, a gente pode revisitar essa mulher para ver se tudo foi eliminado”, diz a pesquisadora da Fiocruz Ana Ribeiro.

FAB leva para comunidades da Amazônia cuidados de saúde essenciais

Jornal Nacional/ Reprodução

Em 8 dias, a missão, que percorre o interior da Amazônia, realizou 37 mil atendimentos.

“Nós selecionamos 14 especialidades, desde as mais simples até as mais complexas. Por exemplo, a especialidade de neurologia, muitos nunca tiveram acesso a essa especialidade. Está sendo uma coisa inédita nessas populações ribeirinhas carentes”, afirma o major-brigadeiro José Virgílio Guedes de Avellar, comandante do Primeiro Comando Aéreo Regional.

A dona de casa Elaine Lima levou o filho Rômulo, que é autista, para a primeira consulta presencial com uma neuropediatra:

“A gente não tem condições financeiras, e em Breves não tem essa especialidade. Então, quando eu soube, eu vim praticamente enfrentando fila, sol, chuva, tudo, porque é necessário”.

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