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Gloria Groove viaja no tempo com show frenético e teatral no The Town


Gloria Groove canta 'Bonekinha' no The Town

A Gloria Groove que subiu ao palco neste The Town foi ainda mais teatral que de costume. Sempre versátil, a cantora é habituada a preparar apresentações especiais para festivais – mas neste sábado (13), o show estava mais para uma peça musical.

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Nesse show, que ela chamou de “Gloria e a Fantástica Máquina do Groove”, a cantora fez do palco sua jukebox. Apareceu de cartola, entoando “A Queda” e “Bonekinha” em arranjos jazz. Era o cabaré dos anos 1950 da Gloria, e a partir dele, ela foi viajando no tempo.

A apresentação veio apenas dez dias após a participação de Gloria como Madame Morrible, na montagem brasileira do musical “Wicked”. Olhando agora, parece que a experiência foi um estudo: das cortinas vermelhas no fundo à coreografia, Gloria trouxe tudo que pôde do estilo Broadway pra cá.

Gloria Groove canta 'Leilão' no The Town

Nem todo arranjo engatou, e o público nem sempre cantou – mas estava entretido, curioso pelo menos.

Gloria finalmente largou a gravação de Ludmilla que usava para o “Lud Sessions”, e foi da autoral “A Tua Voz” sozinha mesmo, piano e voz. “Poesia Acústica 14” virou bossa nova, depois “Leilão” virou funk anos 1970. Rolou até “September”, do Earth, Wind & Fire, e “Acenda o Farol”, de Tim Maia (que já tinha rolado ontem, no Jota Quest).

Nada teve o arranjo original, o que às vezes é frustrante, mas não deixa de ser corajoso. A cantora seguiu para os anos 1980 (com trechinho de Michael Jackson) em “Vermelho”. Entrou com a base de “Doo Wop”, de Lauryn Hill, para “Radar”. “Baby boy” de Beyoncé para “Bumbum de Ouro”, e a lista continua.

Com um repertório próprio que vai do pagode ao funk, a cantora às vezes se atrapalha para tornar o show coeso. Desta vez, mirou num conceito só e editou as ideias. Ficou bem mais azeitado, ainda que não menos frenético.

Gloria Groove se apresenta no The Town 2025

Fábio Tito/g1

O elemento surpresa ajudou, e a galera curtiu bem mais à medida que Gloria chegou aos dias de hoje. Quando chegou no funk com “Coisa Boa”, garantiu que todo mundo fosse embora animado.

Esse não é um show que funcionaria bem se feito outra vez, e às vezes soava um pouco “Frankenstein”. Mas, para essa única vez, foi um entretenimento.

É bom ver um artista dedicado, que arrisca. E não dá pra dizer que Gloria Groove não faz de tudo para entregar um bom show.

Arte/g1

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