Segundo gerente do centro de operações da Equatorial Goiás, o aumento se deve ao clima. Goiânia e Aparecida estão entre as cidades com maior número de acidentes, apontam dados da concessionária. Funcionário da Equatorial trabalha na retirada de restos de pipa na fiação elétrica, em Goiás
Divulgação/Equatorial Goiás
O número de acidentes envolvendo a rede elétrica e pipas chegou a 173 casos de janeiro até o início de maio, de acordo com dados da Equatorial. Ao g1, Vinicyus Lima, gerente do centro de operações da concessionária em Goiás, contou que o aumento se deve ao clima.
"Esses eventos acontecem, normalmente, em épocas de férias. Nós estamos tendo um aumento maior neste mês de maio porque o clima está propício para a criança chegar em casa e soltar pipa, por conta do tempo limpo, com um vento fraco e frio", afirmou.
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Vinicyus destacou que os números de acidentes registrados são referentes aos locais onde a rede desligou após um curto elétrico provocado pelo contato da linha, principalmente cortante com "cerol", com a fiação.
De acordo com dados da Equatorial, em 2024, até o final de maio, 182 casos de acidentes envolvendo pipas em contato com a rede elétrica foram registrados, número que a conssessionária acredita que pode ser superado até o final do mesmo mês este ano.
Entre os municipios com maior número de casos estão:
Goiânia - 28 casos
Aparecida de Goiânia - 24 casos
Águas Lindas de Goiás - 17 casos
Anápolis - 12 casos
Caldas Novas - 12 casos
Senador Canedo - 4 casos
Planaltina - 2 casos
Evite acidentes
Para evitar acidentes mais graves, a Equatorial conta com um sistema de disjuntores que desligam o fornecimento de energia elétrica no local do curto imediatamente após o contato com a fiação, afirmou o gerente.
"O cabeamento, em via de regra, é desencapado, mas existe uma proteção para qualquer tipo de curto-circuito, vir a desligar. Por isso que às vezes você está na sua casa e acaba a energia, porque uma pipa pode ter enroscado na rede e fechado um curto", destacou.
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Vinicyus destacou que, ao ver uma pipa enrolada na fiação, é importante não tentar retirá-la com objetos que possam parecer não condutores, como madeira e PVC.
"Muitas pessoas acreditam que uma vara de bambu ou um cano de PVC é isolado e você pode ir lá mexer na rede. Eles não são isolados, porque pode haver impurezas como umidade e a pessoa pode acabar levando um choque", pontuou.
Segundo o gerente, a voltagem presente nos postes pode variar entre 220 volts, mesma potência presente nas tomadas, até 13 mil volts na parte mais alta dos postes elétricos, com torres de transmissão chegando a conduzir uma carga 10x maior, de até 138 mil volts.
Por fim, Vinicyus fez um alerta e destacou que rede elétrica e pipa não combinam.
"Procure soltar pipas em campos de futebol ou em uma área rural, uma área longe da rede elétrica. E caso tenha uma ocorrência, caso a linha enrosque, jamais tente retirá-la da rede elétrica", concluiu.
Restos de pipa presa a fiação elétrica, em Goiás
Divulgação/Equatorial Goiás
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