O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) conversou por telefone nesta sexta-feira (5) com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.

Segundo o Palácio do Planalto, os dois líderes conversaram sobre as relações entre o Brasil e o bloco europeu e também trocaram impressões sobre temas da agenda global.

Na ligação, que durou cerca de 20 minutos, o presidente Lula saudou o envio do acordo Mercosul-União Europeia pela Comissão para aprovação pelo Conselho Europeu.

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Segundo o Planalto, Lula reforçou a expectativa de que o acordo possa ser assinado no fim deste ano, durante a Cúpula do Mercosul no Brasil.

"O presidente Lula também defendeu que qualquer regulamento sobre salvaguardas que seja adotado internamente pela UE esteja em plena conformidade com o espírito e os termos pactuados no Acordo", diz a nota do governo brasileiro.

Ainda de acordo com o governo brasileiro, os dois líderes avaliaram que a parceria entre os dois blocos regionais é ainda mais estratégica "diante do momento de incerteza e desestruturação do comércio internacional".

Segundo o Planalto, o futuro acordo criará um mercado de mais de 700 milhões de pessoas e corresponderá a 26% do PIB global.

Durante o telefonema, o presidente Lula e a presidente von der Leyen também reiteraram seu compromisso com o multilateralismo e com uma ordem internacional mais justa e pacífica.

"Em linha com o compromisso do Brasil e da União Europeia com a implementação do Acordo de Paris e com o enfrentamento da grave crise climática que afeta o planeta, os dois líderes reforçaram seu compromisso com metas ambiciosas de descarbonização da economia. O presidente Lula reafirmou que a COP30 será a COP da verdade, quando os líderes mundiais poderão refutar o negacionismo e apresentar compromissos concretos de transição para uma economia verde", informou a nota.

A presidenta von der Leyen, na versão do governo brasileiro, reiterou seu apoio e o da União Europeia à realização da COP30 em Belém.

Lula e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, durante o G20 no Rio

Presidência da República via Reuters