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Lula pretende visitar Terra Yanomami e fala em criar condições para indígenas 'viverem dignamente'


Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em entrevista excluiva à Rede Amazônica em Brasília

Reprodução/Rede Amazônica

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, nesta segunda-feira (8), que planeja visitar a Terra Indígena Yanomami, em Roraima, e criar condições para o povo indígena viver de forma digna. O anúncio foi feito durante uma entrevista exclusiva, no Palácio do Planalto, em Brasília (DF), à Rede Amazônica.

A data da viagem não foi informada. Essa será a segunda vez que o presidente vem ao estado para tratar sobre a crise em saúde na Terra Yanomami, mas será a primeira visita dele ao território indígena.

“Estarei visitando Roraima outra vez. Vou no coração da terra amazônica, a quase 600 quilômetros de floresta dentro, para poder visitar eles e ver como eles estão vivendo”, garantiu o presidente, em entrevista exclusiva à Rede Amazônica.

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Lula seguiu dizendo que embora tenham ocorrido avanços, ainda falta muito coisa para o governo federal fazer pela o povo Yanomami.

“Acabamos com 98% do garimpo. Ou seja, isso acabou, mas ainda falta muito para a gente fazer. Todas aquelas pessoas que eram possíveis de serem salvas por falta de atendimento, foram salvas, maas ainda tem muita coisa para fazer. Porque o povo, sinceramente, era quase que abandonado", completou.

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O presidente também reforçou que os Yanomami são brasileiros, merecem respeito e cidadania plena e destacou o papel fundamental que o governo federal tem em mudar a realidade.

“Posso garantir que melhorou, eu diria uns 60%, 70%. Mas ainda faltam muitas ações. Plantar coisa para eles comerem, precisamos tratar da água - isso estamos resolvendo com filtro, estamos resolvendo com cisterna. Mas é importante que a gente crie umas condições de ele sobreviverem dignamente".

A Terra Yanomami é o maior território indígena do Brasil com quase 10 milhões de hectares entre os estados do Amazonas e Roraima, onde está a maior parte. Cerca de 32 mil indígenas vivem na região, em 392 comunidades.

Há décadas, o território é alvo do garimpo ilegal, que destrói a floresta, contamina os rios e afeta diretamente o modo de vida dos Yanomami.

A região está em emergência de saúde desde janeiro de 2023, quando o governo federal, a partir da posse de Lula, começou a criar ações para atender os indígenas, como o envio de profissionais de saúde e cestas básicas. Além de enviar forças de segurança a região para frear a atuação de garimpeiros.

No último sábado (6), o Centro de Referência em Saúde Indígena Xapori Yanomami, dentro do território indígena, começou a funcionar. Localizado na região de Surucucu, a unidade é o primeiro hospital de referência em saúde indígena do Brasil e atenderá cerca de 60 comunidades do território.

A construção do hospital fez parte de um acordo de cooperação técnica firmado entre a Central Única das Favelas (Cufa), o Ministério da Saúde (MS) e a organização Target Ruediger Nehberg Brasil. O centro de referência começou a ser construído em agosto de 2024 e custou cerca de R$ 29 milhões.

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