PF mira esquema de fraude em contratos para escolas indígenas em Roraima.

PF/Divulgação

A Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã desta quinta-feira (4), uma operação para desarticular um grupo suspeito de fraudar processos licitatórios destinados ao fornecimento de materiais de higiene, limpeza e conservação para escolas indígenas em Roraima.

Batizada de Raubritter, a operação cumpre 14 mandados de busca e apreensão contra pessoas e empresas no estado.

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Procurado pelo g1, a Secretaria de Estado de Educação e Desporto (Seed) disse que está colaborando integralmente com a PF e que todas as informações e documentos solicitados estão sendo disponibilizados às autoridades. A reportagem também aguarda retorno do governo e do secretário.

"A secretaria informa ainda que os procedimentos investigados têm origem em recurso administrativo e confia que os fatos serão devidamente esclarecidos e garante a continuidade dos serviços prestados", ressaltou.

Segundo as investigações, uma das licitações foi direcionada a uma empresa que atuava exclusivamente no comércio de veículos. Um dia antes do pregão para contratação da fornecedora, a empresa alterou o CNPJ, incluindo a atividade de comércio atacadista de produtos de higiene e conservação. A suspeita é de que a mudança foi feita para atender às exigências do edital.

Os investigadores identificaram ainda que outras empresas concorrentes, que apresentaram propostas iguais ou inferiores, foram eliminadas do certame sem justificativas adequadas, "direcionando a vitória" para a empresa de carros.

Ainda de acordo com a PF, os produtos contratados não foram entregues integralmente, o que violou cláusulas contratuais e causou um prejuízo estimado em mais de R$ 4 milhões aos cofres públicos. A operação também fez o sequestro de bens e bloqueio de valores correspondente ao prejuízo.

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