Pena de brasileiro preso na Tailândia é diminuída

O Rei da Tailândia, Maha Vajiralongkorn, concedeu o perdão real para o brasileiro Jordi Beffa, preso no país por tráfico internacional de drogas. A notícia foi dada pela embaixada do Brasil na Tailândia ao advogado de Beffa.

O rapaz é natural de Apucarana, no norte do Paraná. Ele foi preso em fevereiro de 2022 com mais dois brasileiros ao desembarcar no Aeroporto de Bangkok com 6,5 quilos de cocaína nas bagagens, segundo as autoridades tailandesas.

Em agosto daquele ano, Beffa foi condenado a sete anos de prisão em regime fechado. Da pena inicial, o rapaz cumpriu cerca de três anos.

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Com o perdão real, concedido por conta do bom comportamento e da prestação de trabalho voluntário, a pena foi diminuída. Beffa deve cumprir ainda um ano e sete meses de prisão. Depois desse período, ele deve retornar ao Brasil.

Conforme o advogado que representa o rapaz, ainda há a possibilidade de Beffa receber outro perdão e a pena diminuir ainda mais.

A família de Beffa mora no Paraná e mantém contato com o jovem por meio de uma chamada de vídeo por mês, liberada pelo presídio onde ele está, na capital tailandesa.

Por meio de nota, o Itamaraty informou que presta a assistência consular ao brasileiro. Disse também que não divulga informações pessoais de cidadãos que requisitam serviços consulares e tampouco fornece detalhes sobre a assistência prestada a brasileiros.

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Relembre o caso

Jordi Vilsinski Beffa, de Apucarana, é um dos três brasileiros presos na Tailândia por suspeita de tráfico de drogas

Arquivo pessoal

Jordi e outros dois brasileiros foram presos no aeroporto de Bangkok, na Tailândia, no dia 14 de fevereiro de 2022.

Segundo as autoridades tailandesas, Jordi levava 6,5 quilos de cocaína escondidos em duas malas. Ele foi abordado depois que a equipe do aeroporto desconfiou de itens mostrados no raio-x.

Primeiro, os funcionários da alfândega revistaram três malas um homem, de 27 anos, e uma mulher, de 22 anos, que saíram de Curitiba. Nelas, encontraram 9 quilos de cocaína. A droga estava escondida em um compartimento oculto.

Cocaína estava escondida em compartimento oculto da bagagem, segundo as autoridades tailandesas

RPC/Reprodução

Horas depois, as autoridades prenderam Jordi, que havia chegado em outro voo.

O paranaense trabalhava com carteira assinada como operador de máquinas em uma fábrica de roupas e máscaras, em Apucarana, havia três anos. Ele pediu demissão do local três dias antes da viagem.

À época, Jordi avisou que havia sido detido por meio de áudio enviado a amigos. Em uma das mensagens, trocadas com amigos em áudio e texto, ele pediu que os amigos cuidassem da família dele, caso não consiga "voltar".

Em maio do mesmo ano, a Polícia Federal (PF) prendeu a mulher suspeita de aliciar os três brasileiros.

A Tailândia é um dos países onde o tráfico de drogas pode ser punido com pena de morte. O mesmo ocorre em outros países do Sudeste Asiático.

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