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PM suspeito de lavagem de dinheiro é exonerado da Casa Militar após ser preso com R$ 2,5 milhões em Manaus


Mais de R$ 2 milhões são apreendidos em mala: policial militar é preso suspeito

O cabo da Polícia Militar preso com R$ 2,5 milhões e suspeito de lavagem de dinheiro foi imediatamente exonerado da função de motorista que exercia na Casa Militar do Amazonas. A informação foi confirmada pela corporação nesta sexta-feira (5).

O agente da segurança pública e outros dois homens foram detidos em flagrante nesta quinta-feira (4) depois de serem encontrados com o dinheiro dentro de uma bolsa em um shopping de Manaus.

O cabo Rayron Costa Bezerra estava de folga no momento da prisão. A PM abriu um procedimento administrativo disciplinar para apurar a conduta dele, que também foi afastado das atividades operacionais e teve a arma funcional recolhida.

A corporação afirmou que não tolera atos ilícitos cometidos por agentes e que colaborou com a operação que levou às prisões. A PM ressaltou ainda que segue à disposição da Polícia Federal, da Justiça e de órgãos de controle nas investigações.

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Informações obtidas pela Rede Amazônica apontam que um dos presos é dono de uma empresa que seria de fachada. A suspeita levantou atenção porque essa empresa funciona no mesmo endereço de uma grande rede de colchões do estado. A investigação apura um possível esquema envolvendo corrupção e lavagem de dinheiro.

Conforme apurado, entre os três detidos estão:

um policial militar;

um contador da rede de colchões;

e o tio desse contador, que aparece como proprietário da empresa investigada.

A empresa está registrada como “comércio varejista de artigos de papelaria”, foi criada em 15/05/2024 e possui capital social declarado de R$ 10 mil, apesar de estar registrada no mesmo local onde funciona a rede de colchões.

Como foi a prisão

De acordo com a Polícia Federal, a operação começou após uma denúncia anônima recebida pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO/AM), que indicava a participação de um dos envolvidos em um esquema de lavagem de dinheiro.

“Com base na gravidade da denúncia, as equipes foram até o local e confirmaram que os três homens transportavam o valor em uma mala, com indícios do crime de lavagem de capitais”, informou a PF.

Segundo apuração da Rede Amazônica, o grupo havia acabado de sacar o dinheiro em uma agência bancária dentro do shopping. No momento da abordagem, os agentes federais constataram que quem carregava a mala era o cabo da Polícia Militar.

Além dele, também foram presos Marcos Aurélio Santos da Cruz e Ruan Lima Silva.

A presença de um policial da Casa Militar chamou a atenção dos investigadores, já que esse efetivo costuma atuar em funções de segurança institucional ou dentro da sede da corporação — a não ser quando está de folga.

Os três foram levados para a Superintendência Regional da Polícia Federal, onde o caso foi formalizado.

Policial militar e outros dois homens são presos com R$ 2,5 milhões em mala dentro de shopping em Manaus.

Divulgação/Polícia Federal

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