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Polícia prende 18 membros de facção que atacou empresas de internet no Ceará


Esta é mais uma fase da “Operação Strike”, que visa desarticular um grupo criminoso de origem carioca com atuação no Ceará, associado a representantes de provedores de internet. Presos são responsáveis por empresas ilegais de internet. Polícia prende criminosos por ataques a provedores de internet no Ceará

Dezoito pessoas foram presas na manhã desta terça-feira (17) por ligação com os ataques a provedores de internet e por administrar empresas clandestinas de internet, no Ceará.

As capturas ocorrem durante nova fase da “Operação Strike”, responsável por desarticular um grupo do Comando Vermelho que tenta controlar a oferta de internet em bairros periféricos de Fortaleza e outras cidades do estado por meio de empresas ilegais.

Além das prisões, a Polícia Civil capturou armas de fogo, drogas, veículos de luxo e vários equipamentos de provedores de internet.

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A Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Estado do Ceará (SSPDS) ainda não repassou mais detalhes da operação. Disse apenas que são 200 policiais em campo e que o foco da operação é desarticular um grupo criminoso responsável por provedores de internet.

18 pessoas são presas durante operação da PCCE em Fortaleza e RMF

Divulgação/SSPDS

Ataques coordenados a empresas de internet no Ceará

Em fevereiro e março deste ano, criminosos realizaram ataques contra provedores de internet e deixaram diversas cidades sem acesso. A facção criminosa Comando Vermelho foi a principal responsável. Ela fez pelo menos oito ataques, como corte de cabos de internet, incêndio de veículos e tiros contra as sedes das empresas, desde 22 de fevereiro em Fortaleza, Caucaia, Caridade e São Gonçalo do Amarante.

Nem as empresas e nem a Secretaria da Segurança Pública do estado divulgaram o número de pessoas afetadas pelos ataques e consequentes falhas no serviço.

O objetivo dos ataques era forçar as empresas a repassarem à facção parte da mensalidade paga pelos clientes pelo serviço de internet. As ações eram direcionadas àquelas que não obedecem aos criminosos, segundo o titular da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas, delegado Alisson Gomes.

Os provedores de internet no Ceará chegaram a suspender as atividades em algumas regiões depois de ataques promovidos por uma facção criminosa, que incluem desde o corte de cabos de internet até o incêndio de veículos e tiros contra as sedes das empresas.

Arte mostra mapa com locais que ficaram sem internet após ataques de facções no Ceará

Arte/g1

Cronologia dos ataques

Ataques de facção a provedores de internet no Ceará geram prejuízo de R$ 1 milhão

11 de março: criminosos jogaram pedras contra um veículo da empresa Brisanet na cidade de Caucaia.

10 de março: a fachada da empresa Acnet, na cidade de Caucaia, foi alvo de vários tiros.

10 de março: membros de facção destruíram fiação de uma empresa de internet em Caucaia.

9 de março: um dia após o governador anunciar combate a esse tipo de crime, uma empresa foi atacada na madrugada no Bairro Sítios Novos, em Caucaia.

8 de março: o governador do Ceará, Elmano de Freitas, anuncia criação de grupo para combater a facção que ataca as provedoras de internet no estado.

7 de março: criminosos destruíram várias fiações de uma operadora na cidade de Caridade; 90% dos clientes do município ficaram sem internet.

6 de março: um carro de serviço da Brisanet foi completamente destruído pelas chamas no Conjunto Metropolitano, em Caucaia.

27 de fevereiro: no distrito do Pecém, no município de São Gonçalo do Amarante, onde está localizado o Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP), criminosos invadiram e vandalizaram uma empresa.

22 de fevereiro: no Bairro Jacarecanga, em Fortaleza, dois veículos da empresa Brisanet foram destruídos em incêndio.

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