Medidas preveem limite de 25 alunos em cada turma e uma série de equipamentos de segurança. Regras foram divulgadas após grupo ter ficado à deriva no mar. Praticantes de stand up paddle em Copacabana
Josué Luz/ TV Globo
A Prefeitura do Rio de Janeiro publicou na edição desta terça-feira (26) do Diário Oficial do Município as normas para a prática coletiva de stand-up paddle nas praias da cidade.
A publicação acontece após, no último sábado (21), dezenas de praticantes da modalidade terem ficado à deriva no mar, gerando discussões sobre a prática da atividade. Segundo a Secretaria Municipal de Esportes, o alvará do responsável será cassado.
Entre as medidas definidas pelo poder municipal estão que as atividades coletivas só podem acontecer se o instrutor tiver um alvará válido pela prefeitura.
As aulas em grupo não podem contar com mais do que 25 pranchas ou praticantes, sem considerar as pranchas de apoio, que são na proporção de uma para cada 5 alunos. Estas equipes devem estar uniformizadas.
Os usuários devem estar com coletes salva-vidas homologados pela Marinha. A escola de stand-up paddle também deve ter kits de primeiros-socorros, binóculos para o acompanhamento da movimentação no mar da terra e rádiocomunicadores à prova d’água.
Além disso, as pranchas devem ser presas nos alunos por um strap.
Os instrutores também são obrigados a acompanhar os alertas climáticos das autoridades competentes.
O caso
Ventania arrasta cerca de 100 pessoas que praticavam stand up paddle no Leme; mais de 70 foram resgatadas pelos bombeiros
Na manhã de sábado, o Corpo de Bombeiros precisou resgatar mais de 70 pessoas que faziam stand-up paddle na Praia do Leme. Uma ventania surpreendeu mais de 100 pessoas, que foram empurradas mar adentro.
Segundo os agentes, 73 pessoas não conseguiram voltar sozinhas à orla e precisaram de resgate. Oito receberam socorro médico na praia.
Uma das empresas que oferece passeio de stand up paddle na região informou que segundo as previsões oficiais não havia alerta para ventos fortes naquele dia e o que ocorreu foi uma rajada de vento inesperada. A empresa ainda criticou a atuação de operadores clandestinas na região.
Os guarda-vidas usaram barcos e até o helicóptero dos bombeiros no salvamento.
A Secretaria de Esportes chegou a anunciar a proibição da prática nas praias de Copacabana e Leme por uma semana, mas acabou voltando atrás e anunciando ajustes nas aulas oferecidas na orla.