Com mandado em Londres, PF de Campinas (SP) faz 3ª operação contra tráfico de drogas engolidas para a Europa nesta quinta (4).
Polícia Federal
A Polícia Federal identificou a atuação de redes criminosas que disputam o aliciamento de passageiros no Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP), para o tráfico internacional de drogas. A informação foi confirmada pela PF durante coletiva de imprensa nesta quinta-feira (4).
As quadrilhas operam de forma difusa e independente, com foco na recrutação de pessoas para transportar cocaína ingerida em cápsulas para países da Europa, segundo o chefe do Núcleo de Inteligência da PF de Campinas, André Ribeiro.
"São redes difusas que disputam o aliciamento das pessoas para remeter as drogas. A investigação busca verificar se há ligação, mas há indícios de núcleos independentes que disputam o aliciamento", afirmou.
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Ainda segundo Ribeiro, não é possível dizer o número de organizações criminosas que tentam realizar o tráfico de drogas através do aeroporto.
"É difícil estabelecer um número fixo. A Polícia Federal, toda vez que realiza um flagrante no aeroporto, não cessa o trabalho com a prisão da pessoa transportando a droga. Vai se desdobrando a investigação em busca dos reais responsáveis. O objetivo sempre é desarticular, por completo, essas organizações", disse Ribeiro.
Investigação começou em outubro de 2024, após jovem tentar embarcar para Paris com 1,3 kg de cocaína no organismo, em Viracopos.
Polícia Federal
Desarticulação de quadrilha
A PF de Campinas prendeu, nesta quarta-feira , cinco suspeitos de integrar uma organização criminosa especializada no tráfico internacional de drogas, entre eles um estrangeiro apontado como chefe da quadrilha. Uma sexta pessoa está foragida.
Segundo a PF, o grupo aliciava passageiros para enviar cocaína para a Europa a partir de aeroportos brasileiros, incluindo o Aeroporto de Viracopos, em Campinas. Os passageiros transportavam a droga dentro do corpo, ingerida em cápsulas.
Na operação realizada nesta quarta, foram expedidos mandados de prisão preventiva em Londres (Reino Unido), São Paulo (SP), Guarulhos (SP) e Manaus (AM). Em Londres, foi presa uma mulher apontada como aliciadora, responsável por recrutar as "mulas" - os passageiros que ingeriam as drogas.
Os alvos são apontados como responsáveis por aliciar os passageiros, emitir passagens e documentos de viagem, custear despesas e fornecer a droga. Uma das pessoas procurada em Manaus não foi encontrada.
Grupo aliciava passageiros para enviar cocaína ingerida em cápsulas para a Europa a partir de aeroportos brasileiros, incluindo Viracopos.
Polícia Federal
A PF informou que o estrangeiro é nigeriano e já foi preso pela corporação por tráfico internacional de drogas em 2013 e 2017. A mulher com mandado de prisão expedido em Londres já havia sido presa pelo mesmo tipo de crime em abril de 2025, de acordo com a corporação.
Além das prisões, a Justiça Federal determinou o bloqueio de contas bancárias dos investigados e de uma empresa usada para movimentar dinheiro do tráfico, até o limite de R$ 1 milhão. Só no segundo semestre de 2024, o grupo movimentou cerca de R$ 700 mil, segundo a PF.
A investigação começou em outubro de 2024, após a prisão de uma jovem de 20 anos no Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas. Ela tentava embarcar para Paris com 1,3 kg de cocaína escondidos no organismo.
Outras operações
Esta é a terceira operação contra o tráfico internacional de drogas realizada pela PF nesta semana. Na terça-feira (2), três suspeitos de integrar esquema ligado ao PCC foram presos em Manaus, e uma quadrilha chefiada por mulheres foi alvo de outra ação na quarta-feira (3).
A pena para os crimes investigados, como tráfico internacional, associação ao tráfico e lavagem de dinheiro, pode ultrapassar 35 anos de prisão.
Com mandado em Londres, PF faz 3ª operação contra tráfico internacional de drogas
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