Trump diz que ataques dos EUA atrasaram em 'muitos anos' capacidade de o Irã desenvolver armas nucleares
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a defender que os ataques feitos pelos Estados Unidos a instalações nucleares do Irã causaram "grande destruição".
"Os ataques atrasaram as atividades nucleares do Irã em muitos, muitos anos", declarou o presidente dos EUA durante declaração na cúpula da Otan em Haia, na Holanda.
Na terça-feira (24), a imprensa norte-americana reportou que um relatório preliminar da Agência de Inteligência de Defesa dos EUA indicou que os ataques que caças norte-americanos fizeram a instalações nucleares do Irã no fim de semana causaram danos menores que os incialmente anunciados por Trump.
De acordo com o relatório, ao que o jornal "The New York Times" teve acesso, os danos atrasaram o programa nuclear que o Irã desenvolve em apenas alguns meses.
Trump negou as conclusões do relatório e afirmou que a destruição foi bem mais profunda.
Trump disse também que o conflito entre Irã e Israel terminou.
"Os dois estão exaustos, lutaram de forma muito violenta. Talvez isso possa recomeçar em algum momento, talvez em breve", disse. "Eu acho que a guerra acabou realmente quando acertamos as instalações nucleares".
O presidente norte-americano afirmou também achar que o Irã abadonará, pelo menos por enquanto, o desenvolvimento de instalações nucleares. "Não os vejo voltando às atividades nucleares. E, se o fizerem, estaremos aqui".
Otan aumenta gasto com defesa
Após pressão do presidente dos EUA, Donald Trump, os líderes da Otan concordaram nesta quarta-feira (25) em aumentar os gastos com defesa. Os 32 países que integram a aliança militar se comprometaram a investir 5% de seus Produtos Internos Brutos (PIB).
quarta-feira com um aumento maciço nos gastos com defesa após pressão do presidente dos EUA, Donald Trump, e expressaram seu "compromisso inabalável" de ajudar uns aos outros em caso de ataque.
Os 32 líderes endossaram uma declaração final da cúpula, afirmando: "Os Aliados se comprometem a investir 5% do PIB anualmente em necessidades básicas de defesa, bem como em gastos relacionados à defesa e segurança até 2035 para garantir nossas obrigações individuais e coletivas".
A Espanha já havia anunciado oficialmente que não pode atingir a meta, e outros países expressaram reservas, mas a promessa de investimento inclui uma revisão dos gastos em 2029 para monitorar o progresso e reavaliar a ameaça à segurança representada pela Rússia.
Os líderes também destacaram seu "compromisso inabalável" com a garantia de segurança coletiva da OTAN – "que um ataque a um é um ataque a todos". Antes da cúpula, Trump voltou a levantar dúvidas sobre se os Estados Unidos defenderiam seus aliados.
A demonstração de unidade justificou a classificação da cúpula feita pelo Secretário-Geral da OTAN, Mark Rutte, como "transformadora", embora tenha encoberto divisões. A promessa de gastos coloca os aliados europeus e o Canadá em um caminho íngreme rumo a investimentos militares significativos.
O aumento de gastos exige que cada país desembolse bilhões de dólares. Isso ocorre em um momento em que os Estados Unidos — o membro da OTAN que mais gasta — desviam sua atenção da Europa para se concentrar em prioridades de segurança em outros lugares, principalmente no Oriente Médio e no Indo-Pacífico.
A Otan reafirmou, nesta quarta-feira (25), ao término de sua cúpula em Haia, seu "compromisso inabalável" com a defesa coletiva, como estabelece o artigo 5 do tratado constitutivo da aliança militar.
"Um ataque a um é um ataque a todos", disseram os 32 países da Otan na declaração final da cúpula, encerrando a controvérsia gerada pelo presidente Donald Trump sobre "diversas formas" de definir esse artigo.