Associação denuncia que todos os 163 agentes estão com equipamentos fora da validade. DER afirmou que os novos equipamentos serão entregues em até 30 dias. Agentes do DER-DF usam coletes balísticos vencidos há quase dois anos

Agentes de trânsito do Departamento de Estradas de Rodagem do Distrito Federal (DER-DF) estão trabalhando com coletes balísticos vencidos; alguns há mais de dois anos.

A denúncia foi feita pela Associação dos Agentes de Trânsito do DF (AGEDETRAN), que afirma que todos os 163 servidores da ativa estão com equipamentos fora da validade.

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Um dos coletes, usado por uma agente que trabalha no Setor Comercial Sul (SCS), foi fabricado em agosto de 2018 e está vencido há um ano e onze meses.

Segundo a servidora, mesmo após denúncias à ouvidoria, foi orientada a continuar utilizando o colete vencido.

“Quando a gente aborda um veículo, não sabe o que esperar. Não temos porte de arma, então o colete é nossa única proteção contra possíveis ataques de qualquer espécie. É uma proteção.”, relatou a agente, que preferiu não se identificar.

Coletes balísticos vencidos do DER-DF preocupam servidores do órgão

DF2/Reprodução

O superintendente de trânsito do DER-DF, Elcy Ozório dos Santos, informou que o processo licitatório para a compra de novos coletes foi iniciado em maio de 2023 e que apesar de intercorrências, os novos equipamentos serão entregues em até 30 dias.

Segundo o presidente da AGEDETRAN, Robert da Silva, 15 servidores já formalizaram a denúncia.

Um ofício foi enviado à direção do DER pedindo providências, destacando que o uso do colete é essencial para a segurança dos agentes, conforme prevê a Norma Regulamentadora 16 (NR-16) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

“Hoje mesmo, em Samambaia, uma equipe nossa prendeu um homem armado que roubava uma bicicleta. Se o colete estivesse vencido, a integridade física do agente estaria em risco”, afirmou Robert.

Cada colete custa cerca de R$ 850. Como medida emergencial, a associação sugeriu ao DER que solicite coletes emprestados à Secretaria de Segurança Pública (SSP) até que novos equipamentos sejam adquiridos.

“É inadmissível que os agentes estejam expostos a esse risco. Já sugerimos ao presidente do DER, Fauzi Nacfur, que busque apoio da SSP. A situação é urgente”, concluiu Robert.

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