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Agentes epidemiológicos inspecionam casas em Santa Isabel após caso de leishmaniose


Ação acontece até 10 de junho no Jardim Eldorado. Cachorro do bairro foi diagnosticado com a doença após investigação do Instituto Adolfo Lutz. Santa Isabel recebe identificação e prevenção do mosquito transmissor da leishmaniose

Equipes do Instituto Pasteur e da Vigilância Epidemiológica de Santa Isabel percorrem as ruas do Jardim Eldorado em uma ação de prevenção ao mosquito-palha transmissor da leishmaniose.

Um cachorro do bairro foi diagnosticado com a doença no dia 6 de maio. O caso era investigado pelo Instituto Adolfo Lutz desde novembro de 2024.

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De acordo com o veterinário Lucas Simões, o cão está bem e fez o tratamento para a doença. Todos os sintomas sumiram e ele continua com a coleira de repelente, a principal forma de evitar que outros mosquitos o piquem e se contaminem com o protozoário.

Simões informou, ainda, que o animal vive na casa do tutor e tem uma vida normal, pois não há necessidade de evitar contato com o cachorro. Ele destacou que a leishmaniose só é transmitida pela picada do mosquito e não pela mordida ou saliva do cão.

Cerca de cinco equipes verificam se as casas do bairro possuem possíveis criadouros do mosquito, que se esconde em sujeiras. A ação começou no dia 12 de maio e deve terminar em 10 de junho. Todos os agentes que fazem os cadastros são do Instituto Pasteur.

De acordo com o coordenador da Vigilância Epidemiológica de Santa Isabel, André Camargo, 287 domicílios foram visitados e 87 cachorros cadastrados. No final da ação, os agentes vão decidir se as visitas vão ser expandidas aos bairros vizinhos.

“Esse projeto, em parceria com a gestão estadual, é dividido em duas partes. Primeiro a gente faz o levantamento, essa caracterização dos domicílios, o cadastro dos cachorros desses domicílios. Depois vem a segunda fase desse projeto, que é a captura do mosquito-palha. A gente vai fazer a captura, que vai ocorrer no período noturno, porque esse mosquito tem um hábito noturno. Capturando esses mosquitos, eles vão ser levados ao laboratório Pasteur pra fazer algumas análises e ver se esse mosquito carrega o protozoário que causa a leishmaniose”, explicou Camargo.

O coordenador da vigilância mencionou que os agentes estaduais contam com o apoio dos moradores durante a inspeção.

“A gente tem trabalhando bastante com a população através das redes sociais da prefeitura, alertando, pedindo para que eles colaborem com a abertura de suas casas para os agentes da gestão estadual, que geralmente estão uniformizados O uniforme deles é de cor azul, estão utilizando o crachá de identificação também com o logo da gestão estadual”, reforçou.

A população pode tirar dúvidas com a prefeitura pelo telefone 4656-4444.

O que é leishmaniose

Segundo Simões, a leishmaniose é transmitida por um mosquito que carrega o protozoário causador da doença. Ela atinge principalmente os cachorros.

“Ela é transmitida através do mosquito-palha contaminado. Ou seja, ele precisa picar o cachorro ou o animal que esteja contaminado, assim ele se contamina e, quando ele pica o humano, ele transmite para o humano também. Pode ser diagnosticado com leishmaniose tegumentar e leishmaniose visceral”, relatou.

O veterinário contou que é preciso ficar atento aos sinais que o animal pode apresentar quando está contaminado.

“A leishmaniose tegumentar, ela geralmente vai afetar região cutânea, pele e mucosas. Ou seja, vai começar a parecer feridas que não se fecham, não se curam, queda de pelo, perda progressiva e peso. E um sintoma muito característico é o crescimento irregular das unhas, então o animal acaba crescendo as unhas de uma maneira irregular, quebradiça, isso é um sintoma bem característico. E na leishmaniose visceral é um pouco diferente. Ela é mais silenciosa, e com o tempo ocorre o emagrecimento progressivo, e quando o tutor leva o animal até o veterinário, ele vai procurar as causas desse emagrecimento, e é muito característico achar alterações nos órgãos, principalmente no baço e no fígado”.

Quando a doença é diagnosticada no início, o tratamento garante uma vida normal para o animal, apesar da doença não ter cura.

“Existe um fármaco no mercado. Esse fármaco trata todos os sintomas. O animal vai curar aqueles sintomas de feridas, e todos os outros sintomas, mas ele continua contaminado, então ele precisa usar a coleira de repelente, porque se a gente evitar que o animal seja picado pelo mosquito, ele não vai contaminar os outros”.

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Reprodução/Tv Diário

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