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Com mais de 64% do território em situação de seca, autoridades do AC avaliam estratégia para amenizar prejuízos


Monitoramento da Agência Nacional de Águas (ANA) mostrou que o estado teve o maior percentual de área seca da Região Norte. Defesa Civil estadual acompanha o cenário e articula medidas com órgãos. Seca avança e deixa rastro de prejuízos no campo no Acre

O Acre enfrenta um dos períodos de seca mais severos dos últimos anos. Segundo a Agência Nacional de Águas (ANA), mais de 64% do território do estado ficou em situação de seca no mês de maio. Um aumento de 24% em relação ao mês anterior.

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Há pouco mais de três meses, muitos municípios enfrentavam enchentes. O Rio Acre ultrapassou a cota de transbordamento e a capital Rio Branco chegou a decretar situação de emergência.

Ainda conforme a agência, o Acre aparece como o estado com o maior percentual de área seca da Região Norte. Entre abril e maio, a seca moderada também cresceu: de 18% para 20% do território.

Na manhã deste sábado (28), o Rio Acre marcou com 2,10 metros, segundo medição da Defesa Civil Municipal. O índice representa uma redução de 1,23 metro em relação ao dia 1º de junho, quando o rio alcançou 3,23 metros.

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A falta de água em comunidades isoladas, rios secos já trazem prejuízos no campo. Em Rio Branco, produtores de banana têm enfrentado dificuldades para escoar a produção. O volume de chuvas ficou abaixo do esperado em maio.

Rio Acre teve redução de mais de 1 metro nos 28 dias de junho

Reprodução/Rede Amazônica Acre

O coordenador da Defesa Civil Estadual, coronel Carlos Batista, disse que o Serviço de Água e Esgoto do Acre (Saneacre), que atua em com 21 municípios, e o Serviço de Água e Esgoto de Rio Branco (Saearb) já operam nas comunidades mais afastadas da área urbana, que têm o abastecimento com poços artesianos.

“Essa temática tem sido discutida desde o ano passado, está sendo discutida esse ano também para que a gente venha reduzir os efeitos nas comunidades. Temos a experiência de 2024, Saerb e Saneacre fortaleceram suas ações para que não falte água na área urbana, mas também em comunidades rurais”, explicou.

Alerta para queimadas

Queimadas destruíram mais de 100 mil hectares de vegetação no Acre em 2024

BPA/PM-AC

Além da falta de água, outra situação que acende o alerta de autoridades no período de verão amazônico é o das queimadas.

Durante a estiagem, o tempo fica muito seco, com pouco vento e umidade no ar. A vegetação também seca, ficando mais fácil de pegar fogo. Por isso, qualquer faísca — como uma queima no campo sem cuidado, uma ponta de cigarro jogada no chão ou até um raio — pode causar um incêndio grande.

Conforme o coronel, já foram realizadas três reuniões do gabinete de crise este ano, envolvendo mais de 26 órgãos. Dentre as ações estão a formação de brigadas, plano de contingência para abastecimento de água e operações contra queimadas.

“As Defesas Civis Municipais elaboram os planos para as ações caso a seca seja mais severa, ações dentro do próprio município. A gente articula, faz todo esse trabalho de juntar todas essas informações para otimizar os recursos para o enfrentamento desse período de seca”, acrescentou.

Em maio, governo federal autorizou contratação de brigadas temporárias para prevenção de incêndios florestais. Isto é o que constou na portaria nº 60, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

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