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Comandante-geral da PM investigado por venda de armas é exonerado do cargo e nomeado como secretário na Casa Militar


Coronel Miramilton Goiano de Souza estava a frente da PM desde fevereiro de 2023 quando foi nomeado pelo governador Antonio Denarium (PP). Não há informações sobre quem assumirá o comando da PM. Coronel Miramilton Goiano de Souza

Secom/Divulgação/Arquivo

O coronel Miramilton Goiano de Souza foi exonerado do cargo de comandante-geral da Polícia Militar de Roraima e nomeado como secretário na Casa Militar do estado, nesta segunda-feira (28). Ele é investigado pela Polícia Federal (PF) suspeito de liderar grupo de policiais que vendiam armas e munições.

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Com isso, o coronel Overlan Alves assume o comando-geral da Polícia Militar de Roraima. O coronel Ilmar Soares, antes titular da Casa Militar, assume a função de adjunto. A informação foi confirmada ao g1 nesta segunda-feira (28) e deve ser publicada no próximo Diário Oficial do Estado (DOE).

O coronel Miramilton Goiano ocupava o mais alto posto da PM de Roraima desde fevereiro de 2023 quando foi nomeado pelo governador Antonio Denarium (PP).

O coronel Miramilton foi alvo de operação da PF em outubro de 2024 junto com o deputado estadual Rarison Barbosa (PMB). Eles são suspeitos de vender ilegalmente armas e munições. Miramilton foi apontado como líder do grupo e Rarison como comprador. Ambos negaram envolvimento.

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O coronel, conforme apurado pela Rede Amazônica à época, atuava, principalmente, com o apoio dos dois filhos Renê Pugsley de Souza e Reniê Pugsley de Souza, que são policiais penais — os três são suspeitos das vendas ilegais.

A investigação chegou ao nome de Miramilton após a prisão de um homem em Pacaraima em 2023, flagrado com uma arma. À época, um tenente, em nome do coronel, foi até a delegacia da PF saber se seria possível recuperar a arma que seria de Renê, o que levantou suspeitas dos investigadores.

Ele também é investigado pela Polícia Civil por suspeita de interferir no assassinato do casal de agricultores Flávia Guilarducci, de 50 anos, e Jânio Bonfim de Souza, de 57, no crime conhecido localmente como "Caso Surrão".

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Além disso, durante a gestão de Miramilton ao menos 100 policiais militares passaram a ser investigados pelo MP por crimes como fazer parte de milícia, trabalhar para garimpeiros, roubar garimpeiros, tortura, sequestro, tráfico e homicídios.

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