Horas após operação na Ladeira dos Tabajaras, Antônio Augusto D'Angelo da Fonseca, que também teria participado do crime, foi localizado por agentes da Polícia Civil na casa da mãe. Polícia Civil prende um dos suspeitos de participar da morte de policial da Core
O Disque Denúncia divulgou, nesta quarta-feira (16), um cartaz pedindo informações sobre o paradeiro de um dos suspeitos da morte policial da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) da Polícia Civil do RJ, João Pedro Marquini, marido da juíza Tula Mello.
Nesta terça, a Polícia Civil do RJ fez uma operação na Ladeira dos Tabajaras, em Copacabana, para prender suspeitos de participação no crime. Cinco pessoas morreram na ação, entre elas, Vinícius Kleber, o Cheio de Ódio, chefe do tráfico da comunidade.
Segundo a Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), Vinícius Kleber Di Carlontoni Martins, Antônio Augusto D'Angelo da Fonseca, Walace Andrade de Oliveira e um quarto homem ainda não identificado participaram do crime — na noite do dia 30 de março, quando João e Tula passava, pela Grota Funda. Marquini foi fuzilado ao tentar reagir.
Segundo a Polícia Civil, Walace Andrade de Oliveira participou da morte do policial civil João Pedro Marquini
Divulgação
À noite, Antônio Augusto foi preso escondido na casa da mãe dele, em Copacabana. Ele foi identificado a partir das digitais encontradas no carro usado pelos criminosos na noite do assassinato. Wallace Andrade é considerado foragido.
Os dois são da comunidade dos Tabajaras e já tiveram a prisão temporária decretada.
Rotina alterada
Nesta terça, a rotina de quem mora em Copacabana e Botafogo foi completamente alterada. Moradores ouviram rajadas de tiros e voos rasantes de helicópteros. Algumas ruas chegaram a ser fechadas por causa do confronto, que durou boa parte da manhã, durante a operação para prender os dois suspeitos.
Antônio Augusto D'Angelo da Fonseca, segundo a polícia envolvido na morte de João Pedro Marquini, foi preso em Copacabana
Reprodução
A investigação mostra que os assassinos saíram da Ladeira dos Tabajaras, em Copacabana, para invadir a comunidade de Antares, em Santa Cruz, a mais de 75 km de distância. Na volta, pela Serra da Grota Funda, tentaram roubar o carro do policial, que acabou morto. Tula Corrêa que vinha logo atrás conseguiu escapar.
Entre os cinco mortos na operação estão: “Cheio de Ódio”, com 30 anotações criminais, apontado como chefe do tráfico nos Tabajaras; William do Amaral Gomes, o “Marmitão”, e Douglas de Souza Napoleão, o “DG”, com 15 passagens e um mandado em aberto.
Durante a operação, a polícia encontrou a inscrição “Antares” em um ponto de venda de drogas aqui na comunidade — uma referência à favela de Santa Cruz, hoje sob domínio da milícia. No dia da morte do policial, traficantes dos Tabajaras teriam tentado retomar o controle de Antares para o Comando Vermelho, dentro de uma estratégia de expansão do tráfico na Zona Oeste.
Segundo a polícia, a ordem para o ataque teria partido de Ronaldinho Tabajara, um dos líderes do tráfico na comunidade, atualmente ele cumpre pena em um presídio federal.