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Ex-prefeito boliviano preso no Acre passa por audiência de custódia e caso é encaminhado ao STF


Luis Gatty Ribeiro Roca morava em Epitaciolândia há três anos e era procurado na Bolívia por crimes contra a administração pública. Não foi analisada a soltura do réu Ex-prefeito de cidade boliviana, Luis Gatty Ribeiro, terá caso julgado pelo STF

Reprodução

O caso do ex-prefeito de Cobija, capital do departamento de Pando na Bolívia, Luis Gatty Ribeiro Roca, preso pela Polícia Federal em Epitaciolândia, interior do Acre, na última sexta-feira (11), foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Nesse sábado (12), o ex-gestor passou por audiência de custódia.

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Durante a sessão, o procurador da república Fernando Piazenski, do Ministério Público Federal (MPF), manifestou-se estipulando que a competência para a análise do pedido, ou seja, julgar o caso, pertence ao Supremo, o que foi acolhido pelo juiz federal substituto Moisés da Silva Maia, da 1ª Vara da Justiça Federal.

Uma intérprete da língua espanhola estava presente no julgamento fazendo a tradução para Gatty Ribeiro. O juiz federal não deliberou soltura dele, porém o ouviu, assim como as alegações da defesa e da acusação (MPF).

Prisão

O ex-prefeito de Cobija, foi preso pela Polícia Federal em Epitaciolândia. O Escritório Central Nacional da Interpol no Brasil representou pela prisão preventiva e pediu a extradição do boliviano para o país vizinho ao Supremo Tribunal Federal (STF) no último dia 4.

O g1 apurou que Gatty Ribeiro foi preso em casa no início da manhã dessa sexta e levado para a delegacia da Polícia Federal. Ele morava em Epitaciolândia há três anos, desde quando saiu da Prefeitura de Cobija.

O preso foi trazido para Rio Branco pela PF e conforme o órgão, os detalhes da extradição devem ser decididos pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1).

Luis Gatty Ribeiro

Gatty Ribeiro está preso em Rio Branco à espera da audiência de custódia

Foto: Arquivo pessoal/Alexandre Lima

Após quase dois anos na prefeitura, Gatty Ribeiro resolveu ir para o partido do ex-presidente boliviano Evo Morales, Movimento ao Socialismo, o que irritou seus apoiadores. Ele ficou na prefeitura até 2022. Em 2023, teve a prisão preventiva determinada pela Justiça boliviana por suspeita de corrupção na administração pública.

Ele foi incluído na lista da Interpol em julho de 2023.

No mandado de prisão preventiva, o STF destacou que Gatty Ribeiro é investigado também contra 'crimes contra a saúde pública, previstos nos artigo 216 do Código Penal boliviano, segundo a notificação vermelha com pena máxima aplicável de 4 anos'.

Em março, foi determinada vista à Procuradoria-Geral da República (PGR), que 'manifestou-se pela determinação de prisão cautelar para fins de extradição' do ex-prefeito.

Histórico de atleta

Gatty Ribeiro é ex-jogador da seleção boliviana de futebol entre a década de 90 e meados de 2000. Em 2019, ganhou as eleições bolivianas e foi eleito pela força opositora Pando Unido Y Digno (PUD) com 49,1% dos votos.

Como jogador, Gatty Ribeiro atuava como lateral-direito e meia e fez carreira em clubes da Bolívia. Ele defendeu Bolívar, Real Potosí, The Strongest, Guabirá e Universitario Pando.

Na seleção boliviana atuou em 32 partidas, não marcou gols e disputou a Copa América de 2001, participando dos três jogos que a equipe fez na primeira fase.

Naquela edição, a Bolívia foi eliminada na fase de grupos ficando em último lugar no grupo C com três derrotas.

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