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Família espalha cartazes com fotos de bebê desaparecida há quase um mês em Rio Branco: 'Não desistimos dela'


Família do pai de Cristina Maria fixaram cartazes pedindo ajuda com informações em diversos pontos movimentos de Rio Branco. Bebê era filha de Yara Paulino, morta pela facção após boatos de que ela tinha matado a própria filha na Cidade do Povo. Caso Yara Paulino: Família espalha cartazes em busca de bebê desaparecida no Acre

A família paterna da pequena Cristina Maria, a filha sumida de Yara Paulino da Silva, espalham cartazes com a foto e informações da menina na esperança de descobrir algum vestígio do paradeiro dela. Cristina foi vista pela última vez no dia 15 de março, segundo a apuração da Polícia Civil.

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Yara foi assassinada por membros de uma facção criminosa, no último dia 24 no Conjunto Habitacional Cidade do Povo, após boatos de que ela tinha matado a bebê e jogado o corpo em uma área de mata.

Moradores encontraram uma ossada dentro de um saco de ração no matagal e acreditavam ser da bebê. A perícia comprovou que os restos mortais era, na verdade, de um animal, possivelmente um cachorro.

Antes de ser assassinada, Yara chegou a avisar para alguns vizinhos que a filha caçula tinha sumido e acusou o ex-marido e pai da menina, Ismael Bezerra Freire, de a ter levado sem sua permissão. A foto da bebê, inclusive, foi colocada em um grupo de mensagens do conjunto habitacional com pedido de informações.

No dia 26 de março, a polícia inseriu os dados da pequena Cristina Maria na plataforma Amber Alert, do Ministério da Justiça e Segurança Pública. No anúncio, a polícia descreve a menina como branca, de olhos castanhos, cabelos lisos e castanhos.

Yara Paulino da Silva foi assassinada na tarde desta segunda-feira (24)

Reprodução

Para a família do pai da menina, contudo, mais ações precisam ser feitas para encontrar logo a criança. "Fui na delegacia na segunda-feira [7] e o delegado disse que não tem nenhuma novidade, mas que acham que ela está viva, que as investigações continuam. Na segunda mesmo começamos a pregar cartaz nas ruas", contou Ruth Freire.

Os cartazes são fixados em pontos de maior movimentação de Rio Branco, como a Rodoviária Internacional, o Terminal Urbano, parada de ônibus e estabelecimentos que ficam no trajeto para o conjunto habitacional onde a bebê morava.

"Estamos em buscas, queremos respostas. Já tem mais de 20 dias e está por isso mesmo. No início teve aquela repercussão toda, mas resolvemos meter a cara e ir atrás. É um sofrimento, não desistimos dela", lamentou.

Criança foi incluída na plataforma Amber Alert, que alerta sobre desaparecidos ou sequestrados.

Reprodução

Visitas

Ruth Freire contou também que chegou a visitar a casa da ex-cunhada algumas vezes. Em todos os encontros, ela diz que as crianças estavam sempre bem cuidadas, alimentadas e eram tratadas com carinho.

Contudo, ainda segundo ela, tanto Yara como Ismael Freire eram usuários de drogas e a casa onde viviam não oferecia boas condições para as crianças.

"Toda vez que a gente ia lá, estava com os outros dois filhos, que não são do meu irmão, e a neném estavam sempre banhados e bem cuidados. Apesar do problema dela, em questão as crianças, cuidava bem com o pouco que tinha. Não acredito que fez algo contra a criança, em nenhum momento achamos isso", complementou.

CASO YARA PAULINO:

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A tia de Cristina Maria afirmou também que não conhece os familiares de Yara e gostaria de ter contato com a família dela. "Quando ela saiu da maternidade com a neném, sempre íamos lá levar alimentos, leite, fralda. Pedíamos a neném, mas ela dizia que não. Oferecemos ajuda para eles se internarem em uma clínica de reabilitação", recordou.

O pai da bebê, Ismael Freire, está internado em uma clínica de reabilitação. "Ele passou pelo Caps [Centro de Atenção Psicossocial] e está internado", concluiu.

Procura por Cristina

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Uma semana após o assassinato de Yara Paulino investigadores e delegados da Polícia Civil intensificaram as buscas pela bebê com o apoio de um helicóptero da Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp-AC).

Familiares do pai e da mãe da bebê foram ouvidos para auxiliar na investigação. A polícia trabalha com a possibilidade de que a bebê esteja viva e tenta encontrá-la, além de conseguir prender os responsáveis pelo crime brutal contra a mãe da criança.

Quem tiver qualquer informação relevante sobre o paradeiro de Cristina Maria, entre em contato no WhatsApp (68) 99912-2964 ou 181, garantindo o sigilo absoluto.

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