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Golpe do falso advogado faz mais de 130 vítimas no PI; criminosos tinham acesso a processos


Segundo a Polícia Civil, se trata de uma quadrilha que se passou por cerca de 50 advogados para aplicar golpe em clientes Golpe do falso advogado: supeitos entram contato direto com as vítimas, fingindo ser do escritório que está cuidando do caso

TV Globo/Reprodução

O golpe do falso advogado já fez mais de 130 vítimas em Teresina, entre elas, profissionais e clientes. Prejuízos já somam mais de R$100.000,00.

Segundo o delegado Humberto Mácola da Delegacia de Repressão e Combate aos Crimes de Informática (DRCI), uma quadrilha está usando foto e nome de advogados para se passar pelos profissionais em aplicativos de troca de mensagem.

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Por meio de consulta pública, os criminosos conseguem ter acesso aos processos completos dos clientes desses advogados. Na maioria dos casos, os clientes têm algum dinheiro a receber nas ações. Os criminosos se passam pelos advogados, afirmam que a vítima ganhou a causa, pegam as informações pessoais e realizam o golpe.

"O crime de falsa identidade é um meio para o de estelionato, que se concretiza quando o pagamento é feito pela vítima", afirmou o delegado Humberto Mácola.

O delegado pede que aqueles indivíduos que foram vítimas deste golpe, entrem em contato com a DRCI e denunciem para o andamento das investigações.

Advogada piauiense detalha golpe no qual cliente perdeu mais de R$ 11 mil

Ao g1, a advogada Maria Clara do Vale afirmou que um de seus clientes foi vítima desse golpe e perdeu o valor de R$11.500,00 para os criminosos. O contato aconteceu através de uma conversa no WhatsApp na qual o suspeito utilizou a foto e o nome da advogada para enganar o cliente.

Além disso, os criminosos tinham o número do processo judicial da vítima e citaram detalhes relativos à causa. Por fim, pediram os dados bancários, senhas e até que ele filmasse a tela do aplicativo do banco, alegando que com essas informações a Justiça faria a transferência dos valores que ele supostamente havia ganho em uma causa.

"Imediatamente, ele se deu conta de que caiu em um golpe e já acionou o banco e fez o boletim de ocorrência, para que pudessem bloquear o valor", afirmou a advogada.

O cliente de Maria Clara estava movendo uma ação por fraude bancária. Conforme a advogada, a vítima chegou a perder mais de R$20.000,00 no golpe anterior, sobre o qual um processo já estava sendo movido.

Por que os crimes prescrevem? I g1 Explica

*Andréa Gomes, estagiária sob a supervisão de Marina Sérvio.

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