Guarda Municipal que teve corpo queimado morre em Valinhos

O guarda municipal de Valinhos (SP) Leandro Pereira da Silva, que morreu aos 46 anos depois de ter 23% do corpo queimado ao atender uma ocorrência na cidade no dia 7 de julho, tinha 25 anos de corporação e também era atleta. A informação é do governo municipal, que decretou luto de três dias pela morte do agente de segurança.

Leandro ficou dez dias internado na ala de queimados do Hospital Irmãos Penteado, em Campinas, e morreu na noite de quarta-feira (16).

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"A Prefeitura de Valinhos se solidariza com os familiares e com seus companheiros de trabalho. Prestamos nossas sinceras homenagens a esse profissional que manteve a honradez e a disposição permanente de ser patrulheiro, protetor e amigo. A prefeitura reforça que durante todo o período que ele esteve internado, prestou toda assistência à família e continuará dando todo o suporte necessário", diz um trecho da nota da administração", diz o trecho da nota.

Guarda municipal que morreu após ter o corpo queimado em Valinhos

Divulgação/Prefeitura

Leandro Pereira da Silva nasceu em Sumaré (SP) em 21 de dezembro de 1978 e entrou na Guarda Municipal em agosto de 2000. Na corporação, o agente exerceu as funções de inspetor, subcomandante, além de membro da força tática e do Grupo de Operações com Cães (GOC).

Atleta

Além de guarda municipal, Leandro também era lutador de jiu-jitsu. Ele conquistou o terceiro lugar de um torneio mundial, em 2020, realizado em São Paulo, o vice-campeonato da Copa Pódio, em 2021, e diversas medalhas em competições internas entre as guardas civis.

A ocorrência

A Guarda Municipal de Valinhos foi acionada para atender uma ocorrência, em apoio ao Centro de Apoio Psicossocial (Caps), em uma casa no bairro Vila Santana.

O agente ficou ferido após uma mulher de 58 anos, que estaria em surto psiquiátrico, atear fogo nele. Ela ameaçava a filha de 16 anos com uma faca.

Guarda Municipal de Valinhos, Leandro Pereira da Silva morreu após ficar 10 dias internado

Reprodução

Durante as negociações para que desistisse das ameaças e se entregasse, a mulher jogou gasolina no agente e, depois, ateou fogo. A farda que ele usava ficou totalmente queimada.

A suspeita foi presa em flagrante e encaminhada para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA). Em audiência de custódia realizada no dia seguinte, ela teve a prisão convertida em preventiva e iria responder por tentativa de homicídio - agora, a natureza do crime será modificada.

Guarda municipal tem corpo queimado ao atender ocorrência de ameaça em Valinhos

Divulgação

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