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Homem investigado por tráfico e participação em briga violenta na ZS do Rio é preso após jogar droga pela janela; VÍDEO


Mateus Miranda, apontado pela Polícia Civil como traficante, morava em um condomínio de luxo na Barra da Tijuca, junto com Pedro Sodré, conhecido como Rebordão, investigado por traficar drogas sintéticas, clonar cartões e carros. Os dois participaram de briga na Lagoa que terminou com seis denunciados por tentativa de homicídio. Traficante é preso após jogar droga pela janela para tentar fugir do flagrante

Agentes da 15ª DP (Gávea) prenderam em flagrante, na última sexta-feira (6), em um condomínio de luxo, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, Mateus Miranda, apontado como traficante de drogas da região.

Segundo a polícia, ele tentou fugir do flagrante jogando um pacote com haxixe pela janela, assim que os policiais chegaram ao local. Contudo, um dos agentes ficou do lado de fora do prédio e gravou a droga voando pelos ares e caindo no chão. (Veja no vídeo acima).

Envolvido em briga violenta

Ainda de acordo com as investigações, Mateus também atuava adulterando chassi de carros, em parceria com o amigo Pedro Vasconcellos do Amaral Sodré de Mello, de 26 anos, conhecido como Rebordão. Os dois moravam juntos no apartamento da Barra da Tijuca.

Vídeo flagra briga envolvendo modelo Bruno Krupp na saída de boate da Zona Sul do Rio

Mateus e Rebordão estavam juntos na confusão no estacionamento do Parque dos Patins, na Lagoa Rodrigo de Freitas, no dia 23 de maio, onde o grupo em que eles estavam brigou contra dois outros homens.

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A briga terminou com um jovem espancado até perder a consciência, jogado no chão do estacionamento, após levar 22 chutes na cabeça. Rebordão foi filmado pisando e dando chutes no homem desacordado.

Socos ao vento e queda

A polícia identificou Mateus nas imagens da briga. No vídeo, ele parece de camisa preta e calça jeans. Durante a confusão, ele tenta acertar alguns socos, mas não acerta seu alvo.

Mateus Miranda, apontado como traficante de drogas, estava na briga que terminou com seis pessoas denunciadas por tentativa de homicídio.

Reprodução redes sociais

A imagem ainda mostra Mateus desequilibrado ao tentar outro soco no rapaz de camisa preta e boné. Esse mesmo homem acerta um golpe em Mateus, que cai no chão desnorteado.

Por conta da confusão, seis pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), por suspeita de tentativa de homicídio qualificado por motivo torpe e meio cruel.

Mateus não foi preso por conta da briga, mas foi a confusão que chamou atenção dos policiais para sua atividade suspeita.

De acordo com a Polícia Civil, os agentes foram ao apartamento da Barra da Tijuca para localizar Rebordão e descobriram que Mateus também participava das ações criminosas.

Homem é preso e apontado como traficante após jogar droga pela janela para fugir do flagrante

Reprodução

Frase arrogante foi gatilho para confusão

Uma frase arrogante e ofensiva teria sido o início da confusão entre jovens na Zona Sul do Rio, que terminou com um rapaz desacordado, caído no chão, alvo de 22 chutes e pisoes na cabeça.

"Você não tem nem dinheiro pra passar aqui do meu lado. Eu paguei R$ 17 mil nisso daqui", teria dito o agressor.

A frase foi dita por Rebordão, um dos integrantes do grupo que, minutos depois, espancaria o estudante de Direito Pedro Rodrigues, de 25 anos, no estacionamento do Parque dos Patins, na Lagoa Rodrigo de Freitas, no dia 23 de maio desse ano.

Bruno Krupp é preso por envolvimento em briga no Rio

A desavença teve início na área vip de uma casa noturna, onde Pedro apenas tentava passar por um lounge reservado.

Um vídeo gravado por testemunhas flagrou a briga no estacionamento. Nas imagens é possível ver Pedro desacordado depois de ser golpeado diversas vezes na cabeça. Rebordão foi preso na sexta-feira (6), junto com mais quatro pessoas, entre eles o modelo Bruno Krupp, que não participou das agressões, mas incitou os amigos.

Pedro Rebordão tem nove anotações criminais e é investigado por tráfico de drogas, clonagem de cartões e roubo.

Pedro Vasconcellos, conhecido como Rebordão, tem nove anotações criminais e é investigado por tráfico de drogas, clonagem de cartões e roubo.

Reprodução TV Globo

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Cronologia da violência

O episódio aconteceu na madrugada de 23 de maio. Segundo Pedro Rodrigues, após a troca de palavras no interior da boate, ele passou a ser seguido e hostilizado por integrantes do grupo que estava com Rebordão.

"Eu tava passando pela casa, no evento onde a gente tava. Falei "boa noite, licença, posso passar aqui'. (...) aí ele foi e já me respondeu de maneira completamente grosseira falando: 'Você não tem nem dinheiro pra passar aqui do meu lado, eu paguei R$ 17 mil nisso daqui'. Eu fiquei completamente assustado. Ri e até retruquei em forma de piada, perguntando 'dinheiro seu ou da sua mãe?'. E só saí andando", relembrou o jovem.

Ao sair da boate e chegar ao seu carro, Pedro foi cercado por seis pessoas. Uma delas, Luma Rajão, namorada de Rebordão, que teria incitado o ataque com gritos como: “Pega ele! Mata o gorducho!”.

A estudante de Direito Luma Rajão foi presa por incitar a agressão. Ela chegou a fazer postagens zombando do episódio nas redes sociais

Reprodução redes sociais

"Ela é uma menina de classe média alta, mora num condomínio de luxo na Barra da Tijuca (...) Ela escolheu ser namorada de um bandido, mesmo diante de tantos avisos da família, dos próprios pais e de amigos", contou a delegada Daniela Terra, responsável pelo caso.

A violência foi registrada em vídeo por testemunhas. Pedro foi derrubado, cercado e agredido com extrema brutalidade. (Veja nas imagens abaixo). Rebordão deu 22 pisões na cabeça de Pedro Rodrigues enquanto ele estava no chão.

Pedro Rodrigues foi socorrido no local por uma viatura do Corpo de Bombeiros e encaminhado ao Hospital Miguel Couto. Em seguida, ele foi transferido para o Hospital Glória D’Or.

"Uma pessoa que dá uma dezena de chutes na cabeça de outra, ela não tem nenhuma outra intenção se não matar essa pessoa. e foi o que tentaram fazer comigo. Por um milagre, eu tô aqui e podendo conversar e lutar por justiça", comentou Pedro Rodrigues.

Quem são os denunciados

O Ministério Público do Rio de Janeiro denunciou seis pessoas por suspeita de tentativa de homicídio qualificado por motivo torpe e meio cruel. Quatro já foram presos — dois no Rio e dois em São Paulo. Os outros dois estão foragidos.

Veja quem são:

Pedro Vasconcellos (Rebordão): apontado como o autor dos golpes mais violentos. Tem nove anotações criminais e é investigado por tráfico de drogas sintéticas, clonagem de cartões e roubo.

Luma Rajão: estudante de Direito, presa por incitar a agressão. Chegou a fazer postagens zombando do episódio nas redes sociais.

Artur Velloso Araújo: de 18 anos, aparece no vídeo agredindo a vítima no chão.

Bruno Krupp: modelo, já responde por homicídio culposo após atropelar e matar um adolescente em 2022. Teria incitado a violência.

Jacobo Pareja Rodriguez (foragido): colombiano, filho de traficante, teria fugido para o Paraguai.

Felipe de Souza Monteiro (foragido): com passagens por tráfico e posse de arma, teria fugido para o Rio Grande do Sul.

"Todos eles são de classe social alta, famílias abastadas, tiveram possibilidades de crescerem da vida. Tiveram oportunidades que muita gente gostaria de ter (...) São pessoas que tinham todas as oportunidades e escolheram o crime", analisou a Daniela Terra.

Preso por morte de jovem

Em 2022, a Justiça mandou prender preventivamente Bruno Krupp pelo atropelamento e morte do adolescente João Gabriel Cardim Guimarães, 16 anos, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio.

Em março de 2023, Krupp deixou a Cadeia Pública Pedrolino Werling de Oliveira, conhecida como Bangu 8, após ser beneficiado por um habeas-corpus concedido pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). Ele ficou oito meses preso.

Bruno Krupp

Reprodução/Redes sociais

Bruno responde por homicídio com dolo eventual, quando se assume o risco de matar. Ele vai a júri popular pelo crime na Barra da Tijuca.

Sobre a briga na Lagoa, os advogados de defesa de Bruno Krupp afirmaram que ele não integrava o grupo de agressores e que "a verdadeira dinâmica do ocorrido será devidamente demonstrada nos autos do processo". A defesa também informou que vai entrar na Justiça com um 'habes corpus' para conseguir a soltura de Krupp.

A equipe do RJ2 não conseguiu contato com a defesa dos outros envolvidos.

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