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Hospital público sofre com lotação e opera acima da capacidade em Jundiaí


Grande parte da lotação do hospital é por conta de casos de gripe. Cidade registrou 341 casos em 2025. Casos de gripe provocam superlotação em hospital de Jundiaí

O Hospital São Vicente de Paulo, que é a principal unidade pública de Jundiaí (SP), está com lotação máxima e operando acima da capacidade. O hospital conta com 242 leitos, no entanto, nas duas últimas semanas, o número de pacientes chegou a 300.

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Conforme a reportagem exibida pela TV TEM, uma pessoa que não quis se identificar relatou que a mãe de um amigo — que sofre de pneumonia e tem partes do pulmão necrosadas — precisou esperar dois dias para ser atendida.

"A gente fica triste, porque é constitucional a segurança, saúde e educação. Então acredito que é um princípio básico. Nós pagamos os nossos impostos, acredito que o mínimo que eles deveriam fazer é dar uma saúde de qualidade para todos", diz.

Ainda segundo a reportagem, a prefeitura e o hospital da cidade não comentaram sobre a fila, mas confirmaram que a unidade está operando acima da capacidade. De acordo com eles, o fluxo é contínuo e o atendimento sempre terá prioridade nos casos mais graves.

Lotação no principal hospital público de Jundiaí (SP) frustra pacientes

TV TEM

"A vaga é dada como prioridade, com priorização médica. Quem determina quem vai passar na frente ou não é o critério médico. Nós temos trabalhado todos os dias para fazer esse controle, para fazer com que haja monitoramento contínuo dessas pessoas que estão nos prontos-socorros e no hospital, para que a gente consiga atender a todos. Nesse momento, todos estão atendidos, mas nós estamos com sobrecarga de atendimento em função desses fluxos que estão ocorrendo", explica Márcia, a secretária do hospital.

O superintendente do hospital, Amauri Liba, explica como funciona o atendimento para receber mais de 300 pacientes, mesmo com menos leitos disponíveis. Grande parte da lotação do hospital é decorrente de casos de gripe, sendo 341 registros somente em 2025.

"O que a gente pode, e faz, é rodar esses leitos o mais rápido possível, inclusive com a internação domiciliar, quando é o caso. Porque todo hospital, seja ele SUS ou seja privado, a gestão — boa ou não — se dá pela forma que você roda o leito", diz.

O convênio do hospital com a prefeitura vai até junho deste ano, quando termina a renovação de três meses necessária para que a administração avalie a redução de gastos. No mês de junho, a administração pública e o hospital devem se reunir para decidir o futuro da unidade.

Vacinação

Apesar dos números baixos, o Pronto Atendimento da Hortolândia recebeu pacientes que estavam deixando a carteira de vacinação em dia. No entanto, apenas 32% das pessoas tomaram a vacina contra a gripe no município.

A vacinação contra a gripe é uma vacinação muito antiga, e que nós fazemos há muitos anos. E, a cada ano que passa, a população tem se aproximado menos. Para você ter uma ideia, a gente conseguiu alcançar 35% da população idosa do município, mesmo fazendo uma campanha maciça, abrindo as Unidades Básicas de Saúde, indo até os bairros, fazendo dia de semana, e a gente não está conseguindo vacinar todo mundo. É uma resistência da população", diz Márcia.

Número de vacinas contra gripe é baixo em Jundiaí (SP)

TV TEM/Reprodução

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