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Incêndios no Pantanal reduzem 92% no primeiro semestre de 2025, aponta levantamento


No cerrado sul-mato-grossense, a área queimada reduziu de 56.952 hectares para 27.734, uma queda de 51,3%. Já os focos reduziram de 936 para 493, redução de 47,3%. BR-262, próximo ao Buraco das Piranhas - 25 de junho de 2024 e dia 2 de julho de 2025

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Dados analisados pelo Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de Mato Grosso do Sul (CEMTEC), mostram que os incêndios florestais no Pantanal e no Cerrado reduziram 92,8% e 51,3% no primeiro semestre de 2025, se comparado com o mesmo período do ano passado.

A queda ocorre nos dois biomas tanto na dimensão de área queimada quanto no número de focos de calor.

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No Cerrado sul-mato-grossense, por exemplo, a área queimada reduziu de 56.952 hectares para 27.734, uma redução de 51,3%. Já os focos reduziram de 936 para 493, redução de 47,3%.

No Pantanal, a queda nos números é ainda maior. Foram 92,8% em área queimada, reduzindo de 595.728 hectares em 2024, para 42.840 entre janeiro e junho deste ano. Os focos de calor também reduziram drasticamente de 2.753 para 50, queda de 98,2%.

Mesmo assim, equipes do Corpo de Bombeiros Militar atuam desde o primeiro dia do ano nos locais como prevenção. Foram empregados um efetivo de 452 bombeiros na prevenção, preparação e combate aos incêndios.

Os militares atenderam 1.038 ocorrências este ano, enquanto em 2024 foram 2.532 ocorrências atendidas no mesmo período.

O relatório ainda mostra que os números também foram bons quanto aos incêndios em áreas protegidas. Nas Unidades de Conservação, a queda de área queimada foi de 89,6% e 100% em Terras Indígenas.

⚠️O fogo faz parte do ecossistema do bioma, que passa anualmente por dois períodos distintos: o do fogo e o da água. No entanto, especialistas alertam que as mudanças climáticas e a ação humana têm intensificado as queimadas nos últimos anos.

Com a seca extrema que a atinge a maioria dos estados da região Norte do Brasil e o aumento de focos de incêndio na Amazônia, especialistas ouvidos pelo g1 alertam para o risco de uma temporada de queimada e seca mais severa para o Pantanal.

Mesma reigão, próximo ao Buraco das Piranhas em 2024 e 2025

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As imagens registradas pelo repórter cinematográfico Ariovaldo Dantas dão a dimensão da diferença dos cenários no bioma em 2024 e 2025. Os registros foram feitos durante a produção do programa da TV Morena +Natureza, que vai ao ar no fim deste mês.

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Queimadas em 2024

Em junho do ano passado, o governo do estado chegou a decretar situação de emergência por causa dos incêndios no Pantanal. Os números de 2024 superam o de 2020, quando houve recorde de devastação no bioma.

Uma "muralha de fogo" do outro lado da margem do rio onde ocorria uma festa de São João, em Corumbá, chamou atenção.

O combate teve apoio também de aeronaves do Exército e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), aém de homens da Força Nacional para reforçar as equipes que atuavam no estado.

No ano passado, com a seca extrema que a atingiu a maioria dos estados da região Norte do Brasil e o aumento de focos de incêndio na Amazônia, especialistas ouvidos pelo g1 alertaram para o risco de uma temporada de queimada e seca mais severa para o Pantanal.

O aumento de eventos climáticos extremos junto ao El Niño formam o combo de alerta para uma período de seca mais extremo e aumento das queimadas no Pantanal, segundo especialistas no bioma e em meteorologia.

Imagem capturada da 2 de julho de 2025 próximo ao Buraco das Piranhas em MS.

Ariovaldo Dantas- TV Morena

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