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Indígenas bloqueiam BR-272 no oeste do Paraná em protesto por demarcação de terras


Manifestação, que envolve cerca de 20 indígenas, incluindo mulheres e crianças, impede o trânsito na rodovia entre Guaíra e Terra Roxa. Manifestação envolve cerca de 20 indígenas, incluindo mulheres e crianças.

Tekoha Arakoê

Uma manifestação de indígenas Avá-Guarani bloqueia a BR-272 entre Guaíra e Terra Roxa, no oeste do Paraná, desde as primeiras horas da manhã desta quinta-feira (12).

Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), cerca de 20 indígenas, incluindo mulheres e crianças, estão na rodovia, reivindicando mais agilidade na demarcação de terras pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).

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A PRF informou que há interdição total da rodovia, com fluxo sendo desviado por vias locais.

Izaías, liderança da aldeia Tekoha Arakoê, localizada em Terra Roxa, disse que o grupo pede mais agilidade nos processos e reforça que a manifestação é pacífica.

"Guaíra e Terra Roxa é terra indígena [...] A comunidade indígena está fazendo uma manifestação pacífica ", afirmou.

Entre as reivindicações está a agilização dos processos de avaliação de terras

Tekoha Arakoê

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Histórico de conflitos

A região é alvo de conflito fundiário há anos. Em março, o Supremo Tribunal Federal (STF) homologou um acordo histórico para a Itaipu comprar emergencialmente terras para os indígenas afetados pela construção da usina.

Os termos do acordo de conciliação autorizaram a compra de 3 mil hectares de terras, em caráter emergencial, que seriam destinados a comunidades indígenas Avá-Guarani da região oeste do Paraná. O valor fixado para o negócio é de até R$ 240 milhões, recursos que devem ser disponibilizados pela Binacional.

A Comissão de Conflitos Fundiários do Tribunal de Justiça, que atua na região, informou que a compra das terras dos indígenas ainda não aconteceu. Ontem, a equipe manteve contato com o grupo, que reclamava de um atraso do Incra em fazer as avaliações das áreas ofertadas.

A PRF está sinalizando desvios para os motoristas evitarem o ponto de bloqueio.

O g1 tenta contato com o Incra para comentar o caso.

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