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Líderes mundiais reagem a bombardeio dos EUA contra instalações nucleares do Irã; veja declarações

Secretário-Geral da ONU alerta para risco de descontrole do conflito após Trump confirmar bombardeios a instalações nucleares; líderes de Israel, Colômbia, União Europeia e países do Golfo reagem. Trump diz que EUA atacaram três instalações nucleares do Irã

O secretário-geral da ONU, António Guterres, afirmou neste sábado (21) que os bombardeios realizados pelos Estados Unidos contra o Irã representam uma "escalada perigosa em uma região que já está no limite — e uma ameaça direta à paz e à segurança internacional".

O alerta veio após o presidente norte-americano, Donald Trump, confirmar que autorizou ataques a três instalações nucleares iranianas, nas cidades de Natanz, Esfahan e Fordow. O Irã confirmou que foi alvo das ofensivas.

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"Há um risco crescente de que este conflito saia rapidamente do controle — com consequências catastróficas para os civis, a região e o mundo", declarou Guterres, em nota publicada pela ONU e repercutida pela agência Reuters.

"Apelo aos Estados-Membros para que reduzam a tensão e cumpram suas obrigações sob a Carta da ONU e outras normas do direito internacional. Neste momento perigoso, é fundamental evitar uma espiral de caos. Não há solução militar. O único caminho a seguir é a diplomacia. A única esperança é a paz."

Presidente da Comissão Europeia pediu estabilidade e diplomacia. "A estabilidade deve ser a prioridade", disse a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, após os bombardeios.

"O Irã jamais deve adquirir a bomba. Agora é o momento para o Irã buscar uma solução diplomática confiável. A mesa de negociações é o único lugar para pôr fim a esta crise", completou.

A decisão de Trump de unir-se militarmente a Israel em sua campanha contra o Irã marca uma escalada significativa na crise. Os dois países estão envolvidos em confrontos aéreos há mais de uma semana, com relatos de mortes e feridos dos dois lados.

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O ministro das Relações Exteriores da França, Jean-Noël Barrot, afirmou que "uma resolução duradoura para esta questão requer uma solução negociada no âmbito do Tratado de Não Proliferação Nuclear".

O premiê britânico, Keir Starmer, também reagiu: "O Irã jamais poderá desenvolver uma arma nuclear, e os EUA tomaram medidas para mitigar essa ameaça. A situação no Oriente Médio permanece volátil e a estabilidade na região é uma prioridade. Apelamos ao Irã para que retorne à mesa de negociações."

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, elogiou o ataque e afirmou que a decisão de Trump “mudará a história”.

“A história registrará que o presidente Trump agiu para negar ao regime mais perigoso do mundo as armas mais perigosas do mundo”, declarou Netanyahu em um discurso neste sábado.

Na América Latina, o presidente colombiano Gustavo Petro se mostrou preocupado com a ofensiva dos EUA.

Durante um evento, Petro alertou que o bombardeio coloca em risco a paz global.

“Este ato incendeia o Oriente Médio [...] e não afeta apenas o Oriente Médio, mas todos nós aqui na Colômbia. Também temos que pedir e exigir como seres humanos, cara a cara e sem abaixar a cabeça, exigimos a paz mundial”, afirmou o líder colombiano.

O governo da Venezuela também se posicionou contra a ação. Em mensagem publicada no Telegram, o chanceler Yván Gil afirmou que “a Venezuela condena a agressão militar dos EUA contra o Irã e exige a cessação imediata das hostilidades”, segundo a Reuters.

Segundo ele, "a República Bolivariana da Venezuela condena firme e categoricamente o bombardeio realizado pelas forças armadas dos Estados Unidos, a pedido do Estado de Israel, contra instalações nucleares na República Islâmica do Irã, incluindo os complexos de Fordow, Natanz e Isfahan”.

O presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, classificou os ataques como uma "perigosa escalada do conflito no Oriente Médio".

Em publicação na rede social X, ele disse: “Condenamos energicamente o bombardeio dos EUA contra instalações nucleares do Irã. A agressão constitui uma grave violação da Carta da ONU e do direito internacional e mergulha a humanidade em uma crise de consequências irreversíveis”.

Já o Ministério das Relações Exteriores do México reforçou o apelo pela via diplomática. “A chancelaria faz um chamado urgente ao diálogo diplomático pela paz entre as partes envolvidas no conflito no Oriente Médio”, escreveu o órgão no X.

"Em consonância com os princípios constitucionais da política externa mexicana e com a vocação pacifista do país, reiteramos nosso apelo pela redução das tensões na região. A restauração da convivência pacífica entre os Estados da região é a maior prioridade.”

O Ministério das Relações Exteriores dos Emirados Árabes Unidos expressou "profunda preocupação com a tensão em curso na região" e pediu o "fim imediato da escalada" para evitar "um novo nível de instabilidade". Também apelou à ONU e ao Conselho de Segurança para que assumam suas responsabilidades na contenção da crise.

O governo do Catar lamentou a deterioração da situação e afirmou, em nota oficial: "A perigosa tensão atualmente vivenciada na região levará a repercussões catastróficas nos níveis regional e internacional."

O vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, Dmitry Medvedev, afirmou que "Trump, que assumiu como um presidente pacificador, iniciou uma nova guerra pelos EUA". Segundo ele, "com esse tipo de sucesso, Trump não ganhará o Prêmio Nobel da Paz".

A Venezuela afirmou que "condena a agressão militar dos EUA contra o Irã e exige a cessação imediata das hostilidades". Já o presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, classificou o ataque como uma “grave violação da Carta da ONU e do direito internacional” e alertou que ele “mergulha a humanidade em uma crise com consequências irreversíveis".

"É crucial que haja uma rápida redução do conflito. Estamos monitorando de perto a situação com grande preocupação", afirmou o primeiro-ministro japonês, Shigeru Ishiba.

Na Itália, o ministro das Relações Exteriores, Antonio Tajani, declarou esperar que "uma distensão possa começar e o Irã possa sentar-se à mesa de negociações".

A Nova Zelândia também pediu contenção. "É fundamental evitar uma nova escalada. A diplomacia proporcionará uma resolução mais duradoura do que novas ações militares", afirmou o chanceler Winston Peters.

O governo australiano declarou que "a situação de segurança na região é altamente volátil" e reiterou o apelo à "distensão, ao diálogo e à diplomacia". O México também se manifestou: "O ministério apela urgentemente ao diálogo diplomático para a paz entre as partes envolvidas no conflito do Oriente Médio".

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