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MP investiga ataques racistas que chamaram vereadora do AM de 'chimpanzé' nas redes sociais


Segundo documentos encaminhados à Promotoria de Justiça de Maués, os ataques ocorreram após um discurso da vereadora na tribuna da Câmara Municipal, no fim de abril. Vereadora Carla Leite (PSD), do município de Maués.

Câmara Municipal de Maués

O Ministério Público do Amazonas (MPAM) instaurou uma notícia de fato para apurar possíveis crimes de racismo e injúria racial contra a vereadora Carla Leite (PSD), no município de Maués, interior do estado.

A investigação foi motivada por uma publicação feita por um perfil de notícias em uma rede social, que comparou a parlamentar a um “chimpanzé” — uma caracterização considerada de cunho explicitamente racista.

Segundo documentos encaminhados à Promotoria de Justiça de Maués, os ataques ocorreram após um discurso da vereadora na tribuna da Câmara Municipal, no fim de abril. O caso ganhou repercussão na mídia local e foi denunciado por deputados estaduais.

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A Câmara Municipal de Maués se manifestou publicamente em apoio à parlamentar e condenou os ataques.

“Racismo é crime, e atitudes como essas não serão toleradas em nossa sociedade. Nos solidarizamos com a vereadora Carla Leite e reafirmamos nosso compromisso com a defesa dos direitos humanos, da igualdade e do respeito à dignidade de todas as pessoas”, afirmou a Casa Legislativa.

O g1 tenta contato com a vereadora Carla Leite.

As denúncias encaminhadas ao MP também apontam que as ofensas continuaram, com a participação de um servidor público da Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas). De acordo com os relatos, ele teria reforçado os ataques em uma nova publicação nas redes sociais, ampliando a disseminação do conteúdo discriminatório em sites e grupos locais.

Diante das denúncias, o promotor de Justiça Caio Lúcio Fenelon Assis Barros determinou o envio de um ofício à Delegacia de Polícia de Maués, solicitando informações sobre a existência de inquérito policial sobre o caso. A delegacia tem 20 dias para responder e, se houver investigação em curso, deve enviar as cópias das diligências realizadas até o momento.

“O Ministério Público está atento e atuante no enfrentamento a todas as formas de discriminação racial, garantindo que casos dessa natureza sejam tratados com absoluta prioridade e seriedade”, declarou o promotor.

Entenda a diferença entre racismo e injúria racial

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