A Polícia Civil do Rio de Janeiro está investigando uma tentativa de homicídio ocorrida em 24 de janeiro, na Rua Araguaia, na Freguesia, Jacarepaguá, Zona Oeste da cidade. Uma câmera de segurança flagrou toda a ação criminosa que durou cerca de 10 segundos.
'Na próxima, você não escapa': vídeo mostra atentado contra sócio de empresa de segurança, e polícia suspeita de concorrente
A Polícia Civil do Rio de Janeiro está investigando uma tentativa de homicídio ocorrida em 24 de janeiro, na Rua Araguaia, na Freguesia, Jacarepaguá, Zona Oeste da cidade. O caso, que expõe uma suposta guerra comercial entre empresas de segurança privada, teria sido planejado por uma concorrente da empresa das vítimas.
Uma câmera de segurança flagrou toda a ação criminosa que durou cerca de 10 segundos. O crime aconteceu a luz do dia. A imagem mostra uma moto com dois homens surgindo na esquina de onde as vítimas estavam.
Quando a mota se aproxima, o homem que está na garupa do veículo começa a atirar. Uma das vítimas foge, mas outro é atingido e fica caído. Nas imagens, é possível ver que o atirador ainda erra dois tiros. Quando a moto sai, o homem que conseguiu escapar volta para socorrer o amigo.
"Em um primeiro instante, eu achei que era um assalto. Só que simplesmente sem falar nome nenhum, sem anunciar assalto algum, ele começou a atirar. Quando eu percebi, eu corri", contou o empresário.
Polícia investiga tentativa de homicídio em suposta disputa entre empresas de segurança no Rio
Reprodução TV Globo
Segundo as investigações, os dois homens que foram alvo dos disparos haviam agendado uma reunião com um suposto cliente.
O encontro, marcado por ligação anônima em 9 de janeiro, era uma armadilha. De acordo com o delegado Ricardo Barboza, a motivação do ataque seria a concorrência ilegal por contratos de segurança na região.
"Houve uma emboscada, aquele encontro não é um encontro real, foi algo planejado por alguém que tentava ceifar a vida dessas pessoas", disse o delegado Ricardo Barboza.
"Isso é uma disputa comercial entre empresas que entraram no ramo de monitoramento de câmeras de segurança e até mesmo vigilância. Porque a empresa das vítimas tinha alguns contratos que eram da empresa concorrente", completou o responsável pela investigação.
Um dos empresários feridos, que preferiu não se identificar, relatou ao RJ2 que os atiradores agiram sem anunciar o assalto.
"Tudo isso começou no dia 9 de janeiro, a gente recebe um contato telefônico pra contratação de serviço de câmeras de segurança (...) Foi marcado para 16h que foi exatamente a hora do atentado e a gente só se deu conta quando o cara parou de moto atirou em mim e no colega que trabalha comigo", disse o empresário.
Suspeitos presos
Assim que o crime aconteceu, os dois homens que estavam na moto fugiram e acessaram a Linha Amarela, em direção à Zona Norte da cidade.
Contudo, eles não contavam que seriam parados em uma blitz a cerca de 20 km do local de onde os disparos foram feitos. Os dois foram presos em flagrante. Eles tinham uma arma com apenas três munições. Para a polícia, essa foi a arma usada no crime.
Polícia investiga tentativa de homicídio em suposta disputa entre empresas de segurança no Rio
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Na manhã desta quarta-feira (24), a polícia realizou buscas na sede da empresa Prodetech e cumpriu mandados de prisão contra dois suspeitos.
Ameaças e envolvimento de PM
Após o atentado, o empresário sobrevivente recebeu uma mensagem anônima: "Na próxima você não escapa".
O Ministério Público destacou a necessidade de prisão cautelar dos investigados para evitar novos ataques. A polícia também apura o envolvimento de um policial militar, suspeito de atuar como supervisor da empresa rival.
Enquanto as investigações avançam, as vítimas relatam mudanças radicais na rotina.
"Eu vivo com medo. Tenho medo da minha família, tenho medo de sair de casa. Não posso ver uma moto passar do meu lado, que eu me escondo", desabafou um dos empresários.
"Agora só carro blindado. (...) Mudamos, minha vida pessoal mudou", comentou.
O que diz a empresa citada
Em nota, o advogado da Prodetech Brasil informou que a empresa desconhece os fatos, pois não foi solicitada a prestar informações até o momento.
Ele disse ainda que os supostos atiradores foram demitidos por justa causa e que a empresa está à disposição da Justiça.