G1

Polícia investiga participação de irmão de principal suspeito no desaparecimento de empresário em Cravinhos, SP


Murilo Couto Paula pagou por dedetização na empresa de Marlon Couto e foi flagrado dirigindo o carro dele pela Rodovia Anhanguera no dia que Nelson Carreira Filho sumiu. Irmão de Marlon passa a ser investigado no desaparecimento de empresário em Cravinhos, SP

Irmão de Marlon Couto, apontado pela polícia como o principal suspeito do desaparecimento do empresário Nelson Carreira Filho, Murilo Couto Paula passou a ser investigado por envolvimento no caso.

Siga o canal g1 Ribeirão e Franca no WhatsApp

Câmeras de segurança de uma praça de pedágio na região de Ribeirão Preto (SP) flagraram Murilo trafegando pela Rodovia Anhanguera com o carro de Marlon no dia que Nelson desapareceu, há pouco mais de um mês.

Nelson participou de uma reunião de negócios com Marlon e nunca mais foi visto.

Murilo Couto Paula e Marlon Couto Paula: irmãos podem estar envolvidos no desaparecimento de empresário em Cravinhos, SP

Reprodução/EPTV

Além disso, as investigações apontam que Murilo pagou a dedetização no valor de R$ 1,5 mil na empresa de Marlon no dia 16 de maio, quando aconteceu o encontro com Nelson.

A suspeita é de que o serviço foi forjado para que funcionários não estivessem no local e os envolvidos pudessem criar uma emboscada para o empresário.

LEIA TAMBÉM

Polícia encontra caminhonete abandonada e apura participação de 5ª pessoa em morte de empresário em Cravinhos

Desaparecimento de empresário de SP após reunião no interior completa um mês

Polícia investiga se homem que matou empresário em Cravinhos fugiu para o exterior

Delegado responsável pelo caso, Heitor Moreira Assis acredita que a dedetização foi feita para limpar vestígios do crime.

"A gente está investigando se ele [Murilo] participou, mas sim, existe a questão que ele estava na empresa no momento da dedetização, ele assinou um documento com sendo o Marlon e era Murilo, ele que realizou o pagamento da dedetização. Por mais que a dedetização foi à noite, ele [Marlon] dispensou os funcionários do trabalho o dia todo, não foi só no período noturno. durante todo o dia os funcionários foram liberados".

Marlon está foragido, mas já confessou, por meio de uma carta enviada à polícia, que matou Nelson. Ele também disse que o empresário foi jogado no Rio Pardo, em Miguelópolis (SP). Até o momento, o corpo de Nelson não foi encontrado.

O empresário Nelson Francisco Carreira Filho, desaparecido depois de reunião de negócios em Cravinhos, SP

Redes Sociais

Recentemente, Marlon trocou de advogado. A EPTV, afiliada da TV Globo, entrou em contato com o novo representante dele, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem.

Advogado de defesa de Murilo, Ricardo Rocha negou que ele esteja envolvido no crime ou que tinha qualquer informação do caso.

"O Murilo, até então, foi ouvido por ser familiar do Marlon e por fazer parte dos trabalhos da empresa onde aconteceu o crime".

Polícia investiga suplementos comercializados

Ainda segundo a polícia, um outro inquérito trata da investigação dos suplementos que Marlon vendia nas empresas que comandava. A suspeita é de que eles eram comercializados de forma irregular.

"Estamos realizando a investigação para a questão destes suplementos alimentares, sobre a eventual existência de uma associação criminosa, falsificação de alimentos, falsificação de medicamentos. Tudo está sendo apurado em um procedimento a parte. E, pelas provas que a gente tem, tudo indica que estes medicamentos não tinham autorização necessária dos órgãos sanitários, por exemplo, a Anvisa", diz Heitor.

De acordo com o delegado, a polícia deve concluir o inquérito sobre o caso nos próximos dias e pedir a prisão preventiva de, pelo menos, um dos envolvidos: Tadeu Almeida, gerente da empresa de Marlon.

O caso

Nelson Carreira Filho, de 43 anos, que morava em São Paulo (SP), desapareceu no dia 16 de maio após participar de uma reunião de negócios em Cravinhos. Até o momento, três pessoas estão presas temporariamente por envolvimento no caso. O principal suspeito, Marlon Couto, está foragido.

A Polícia Civil acredita que Nelson tenha sido morto por desavenças comerciais. Ele teria reclamado com Marlon sobre o uso de uma marca de produtos para emagrecer que tinha patenteado e cobrava R$ 100 mil do parceiro.

Empresa onde o empresário Nelson Francisco Carreira Filho esteve em Cravinhos, SP

Reprodução/EPTV

Tadeu Almeida Silva, gerente da fábrica de suplementos de Marlon, se entregou à polícia duas semanas depois do desaparecimento de Nelson. Ele é suspeito de ajudar Marlon a enrolar o corpo de Nelson em lonas antes de ser jogado no rio.

Segundo o delegado Heitor Moreira, no dia do crime, Tadeu agendou uma dedetização na empresa onde estava marcada a reunião com a vítima e todos os funcionários foram dispensados. Por conta disso, a polícia a acreditar que ele tenha ajudado a planejar o crime.

Em depoimento, o gerente afirmou que ajudou a ocultar o corpo de Nelson e que levou o carro do empresário até São Paulo. O veículo foi achado abandonado em uma rua da zona Norte da capital.

O carro do empresário Nelson Francisco Carreira Filho foi achado na zona Norte de São Paulo, SP

Divulgação

À polícia, Tadeu revelou que, após matar Nelson com um tiro, Marlon colocou o corpo em uma caminhonete e o levou até um rancho em Miguelópolis para jogá-lo no rio. Durante a perícia realizada no prédio em Cravinhos, vestígios de sangue foram encontrados com ajuda do luminol.

Marcela Silva de Almeida, mulher de Marlon, se entregou no dia 4 de junho. As investigações apontam que ela foi com o marido para São Paulo, no dia seguinte ao desaparecimento, prestar apoio à família de Nelson.

Felipe Miranda, apontado como o responsável por ajudar Marlon a jogar o corpo da vítima no rio, foi preso em Uberlândia (MG) no dia 5 de junho.

Veja mais notícias da região no g1 Ribeirão Preto e Franca

VÍDEOS: Tudo sobre Ribeirão Preto e região

Anunciantes

Baixe o nosso aplicativo

Tenha nossa rádio na palma de sua mão hoje mesmo.