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Procuradora-geral dos EUA relaciona imigrantes ilegais com tráfico de drogas


A procuradora-geral dos Estados Unidos, Pam Bondi, em 15 de julho de 2025

REUTERS/Umit Bektas

A procuradora-geral dos Estados Unidos, Pam Bondi, afirmou nesta terça-feira (15) que imigrantes em situação irregular atuam "no trabalho dos cartéis" de drogas.

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O presidente Donald Trump declarou guerra à imigração ilegal e ao narcotráfico, com foco no contrabando de fentanil. Ele classifica os cartéis como organizações "terroristas" globais e acusa o México de falhar no combate ao tráfico do opioide sintético, associado a quase 50 mil mortes por overdose em 2024 nos Estados Unidos.

Apesar disso, segundo o Instituto CATO, em 2021, 86,3% dos condenados por tráfico de fentanil eram cidadãos americanos. O estudo indica que eles enfrentam menos controles nas fronteiras ou no interior dos veículos.

Durante entrevista coletiva, Bondi vinculou a imigração irregular ao narcotráfico ao apresentar dados recentes de apreensões. Desde janeiro, a agência antidrogas (DEA) apreendeu mais de 44 milhões de pílulas de fentanil, 2 mil quilos de pó de fentanil e 29 mil quilos de metanfetamina.

"Em muitos casos, os imigrantes ilegais estão fazendo o trabalho dos cartéis em nossas comunidades", acusou Bondi.

Bondi citou o caso de um imigrante em situação irregular flagrado em um caminhão com mais de 300 quilos de metanfetamina. A procuradora-geral também destacou a preocupação com metanfetamina em formato de pílulas, semelhantes a medicamentos prescritos.

"Pode não matar imediatamente, mas pode torná-lo tão dependente da metanfetamina que pode destruir sua vida", declarou.

O diretor interino da DEA, Robert Murphy, classificou como "tendência preocupante" o foco dos cartéis em estudantes universitários. Ele mencionou a apreensão de mais de 300 quilos de metanfetamina escondidos em uma carga de pepinos que cruzou a fronteira do México.

Murphy também destacou a apreensão de 10 quilos de carfentanil na Califórnia.

"É assustador, é uma grande quantidade" porque esse tipo de droga "não pode chegar às ruas", afirmou Murphy.

O carfentanil, usado por veterinários para sedar elefantes, é 100 vezes mais potente que o fentanil e potencialmente fatal em doses microscópicas.

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