Estado produziu mais de R$ 200 milhões com o açaí. Dados voltados para a agricultura são positivos. Amapá produz pelo menos 22 mil toneladas de açaí em 2024
Rafael Aleixo/g1
Com mais de 22 mil toneladas do fruto, o açaí apresentou os maiores números de extrativismo em 2024, segundo os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados nesta quinta-feira (29). O estado do Amapá apresentou dados positivos referentes ao extrativismo, pecuária e ao plantio.
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No total, o setor agrícola no estado gerou R$ 206,4 milhões. Do açaí, foram produzidas 22 mil toneladas do fruto, com 1.760 hectares de área plantada, totalizando em R$ 65 milhões. O segundo produto de maior produção, segundo a pesquisa, é a mandioca.
Produção agrícola no AP
O principal produto de consumo dos amapaenses é o açaí, gerado a partir do extrativismo, que gera em torno de 500 toneladas Segundo o pesquisador, no Amapá há pelo menos 2 milhões de pés de açaí plantados, que ainda não estão em produção.
"Praticamente 25% a 30% que já estão em produção. Pelos números mostrados, o açaí extrativo, aquele que o produtor vai e tira, fica tudo no Amapá. O que está indo embora é esse açaí plantado, cultivado e manejado", explicou.
A área de extrativismo do açaí, mesmo realizada pela população local, possui monitoramento das autoridades através da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), do Instituto de Desenvolvimento Rural do Amapá e da Secretaria de agricultura.
Os extrativistas recebem orientações e instruções metodológicas, com o corte adequado das árvores e folhas excessivas, para que o sol possa alcançar adequadamente o produto, além do manuseio do adubo.
Amapá produz pelo menos 22 mil toneladas de açaí em 2024
Rafael Aleixo/g1
O pesquisador do IBGE, Raul Tabajara, explica que os números se tratam de uma recuperação da produção, pois anteriormente as produções estavam em queda.
"A mandioca, por exemplo, vem em decorrência de uma queda dessa doença da Vassoura de Bruxa. Aí também teve o problema de estimativa, então caiu muito a produtividade. Então nós estamos nos recuperando", disse.
Setor da mandioca se recupera no Amapá devido a praga vassoura de bruxa
Danillo Borralho/Rede Amazônica
O pesquisador destacou ainda que o crescimento esperado para 2025 é de 20%. Mas destacou que a produção dificilmente vai voltar ao que era antes.
"Hoje estou esperando que sejam colhidos 9 mil hectares de mandioca, mas em 2020 foram 12 mil, quase 13 mil. Isso é uma recuperação", explicou.
Setor agrícola no Amapá
O pesquisador destacou ainda, que o cacau deve entrar em produção no Amapá dentro de 3 a 4 anos. Foram plantados em torno de 30 hectares com mais de 100 mil mudas distribuídas pelo governo do estado.
Além disso, o estado apresentou um crescimento na criação de búfalos, com uma estimativa de 340 mil cabeças. Isso se deve à resistência do búfalo e ao financiamento mais garantido para essa produção.
"O Amapá deve perder isso só para Chaves, no Pará., que deve ter 370.380 mil búfalos. O Amapá deve ser o segundo", disse.
Amapá apresenta crescimento na criação de búfalos
Marcelo Loureiro/Secom/Divulgação
O Pará é o líder na criação de búfalos, com 370.380 mil cabeças. Minas Gerais também apresenta números significativos, com 80 mil cabeças, e está exportando muçarela feita de leite de búfala para grandes restaurantes do Rio de Janeiro e São Paulo.
Em questão à produção de leite, o Amapá produziu mais de 5 milhões de litros do boi comum no ano passado. Mas, maior parte desse leite é consumido por bezerros os outros animais, ou seja, não é suficiente para suprir a demanda da população.
"Você tem que ter toda uma ordenadeira, não é manual, tem que ser ordenadeira mecânica, esse leite tem que ser pasteurizado para poder ir para o mercado [...] Essas vacas têm que estar vacinadas, porque é saúde pública [...] Agora, potencial nós temos.", disse Tabajara.
Grupo de pesquisadores do Amapá e do Pará debatem o cultivo de açaí na Amazônia
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