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Suspeito de atropelar e matar assessora jurídica tem pedido de prisão domiciliar negado no Acre


Diego Luiz Gois Passo é suspeito de atropelar e matar a assessora jurídica Juliana Chaar Marçal, de 36 anos, após uma confusão no bar Dibuteco, em Rio Branco. Juiz Alesson Braz negou pedido de revogação de prisão. Diego Luiz Gois Passo é considerado suspeito de atropelar a servidora Juliana Chaar

Reprodução

Diego Luiz Gois Passo, suspeito de atropelar e matar a assessora jurídica do Tribunal de Justiça do Acre (TJ-AC), Juliana Chaar Marçal, de 36 anos, após uma confusão no bar Dibuteco, em Rio Branco, teve um pedido de prisão domiciliar negado pela Justiça nesta sexta-feira (11).

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👉 Contexto: Juliana foi atingida por uma caminhonete na madrugada de 21 de junho. A polícia foi acionada, inicialmente, em razão de disparos feitos em via pública que teriam sido feitos pelo advogado Keldheky Maia, amigo dela. Ele foi preso e liberado durante a audiência de custódia. A servidora morreu horas depois no Pronto-Socorro de Rio Branco.

Ele teve a prisão temporária decretada no dia seguinte a fatalidade, no último dia 22, e até esta sexta-feira (30) não se apresentou e nem foi preso pela Polícia Civil. O fato de Diego Passo ainda está foragido, inclusive, foi determinante para que o juiz Alesson Braz indeferisse o pedido da defesa.

"Ademais, caso o requerente quisesse de fato colaborar com a Justiça, já teria se apresentado perante a autoridade policial. Vale ressaltar que cada dia que passa sem o cumprimento do mandado de prisão temporária intensifica ainda mais a necessidade de decretação da prisão preventiva para assegurar a aplicação da lei penal", destacou o magistrado.

O g1 tentou contato com o advogado de Diego, Felipe Munoz, e aguarda retorno. A reportagem também entrou em contato com o delegado Cristiano Bastos, da Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), responsável pela investigação do caso, para saber sobre a busca ao suspeito e obter informações sobre a investigação, porém até o momento, não obteve resposta.

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A defesa entrou com o pedido Diego Passo ficasse em prisão domiciliar porque tem um filho de 12 anos depende dele. Contudo, o juiz afirmou na decisão que 'não ficou comprovado que o requerente seja o único responsável pelos cuidados do filho, inviabilizando a substituição da prisão temporária pela domiciliar'.

Ainda na decisão, o juiz Alesson Braz destacou que o crime foi agravado pelo fato de Diego ter se evadido do local e não prestado socorro à Juliana. "Evidenciam o receio de perigo e justificam a segregação cautelar, não sendo o caso de imposição das medidas acautelatórias", argumentou.

Juliana Chaar morreu atropelada durante confusão em bar no AC

Arquivo pessoal

Relembre o caso

A servidora do Tribunal de Justiça do Acre (TJ-AC) Juliana Chaar Marçal, de 36 anos, morreu após ser atropelada durante uma confusão na casa noturna Dibuteco, na Rua São Sebastião, bairro Isaura Parente, em Rio Branco. O atropelamento ocorreu por volta das 5h48 do dia 21 de junho e ela morreu horas depois no Pronto Socorro da capital.

Diego Luiz Passos dirigia a caminhonete que atingiu Juliana e fugiu do local. A Justiça chegou a decretar a prisão dele, mas ele não se entregou e nem foi encontrado pelos policiais. A defesa do suspeito entrou com um pedido de revogação de prisão no dia 23 de junho.

O pedido de prisão, solicitado pela Polícia Civil, foi encaminhado à Justiça após a análise das imagens que mostram o momento em que Juliana é atropelada por uma caminhonete preta durante o tumulto na saída da boate. (Veja vídeo abaixo)

Câmeras mostram momento em que servidora é atropelada após confusão em bar de Rio Branco

Diego alegou que não viu Juliana, antes de bater com a caminhonete nela. A defesa diz que Diego não tinha a intenção de atropelar a servidora, que tentou retornar para prestar socorro, contudo, ficou com medo da aglomeração e fugiu. A investigação apontou que uma discussão envolvendo várias pessoas antecedeu o atropelamento.

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