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Suspeito de vender de conteúdos de abuso sexual infantil em SC usava criptomoedas e extorquia compradores


Jovem em frente ao computador

Sofia Mayer/g1

Um homem investigado por administrar plataformas de venda de conteúdo de abuso sexual infantil na internet foi alvo de um mandado de busca e apreensão nesta terça-feira (15) em Florianópolis. A apuração do CyberGaeco descobriu que ele usava criptomoedas nas transações, visando dificultar a identificação dos compradores, tanto no Brasil quanto no exterior. O nome não foi revelado.

O criminoso ainda é suspeito de extorquir os compradores por meio de capturas de tela que comprovavam as transações, sob ameaça de divulgar a identidade de quem adquire o conteúdo ilegal.

Todas as operações eram feitas na dark web, área oculta da internet não vinculada aos mecanismos de buscas convencionais e que devido ao alto grau de anonimato é usada para práticas ilegais.

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"As transações eram realizadas por meio de criptoativos, com o claro propósito de ocultar a identidade dos envolvidos e dificultar o rastreamento pelas autoridades", informou o Ministério Público de Santa Catarina.

Operação Pharos cumpre mandado de busca e apreensão em Florianópolis

MPSC/Divulgação

A investigação foi conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) com o apoio da Homeland Security Investigations (HSI), agência de investigação vinculada à Embaixada dos Estados Unidos, em Brasília.

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O órgão americano ingressou na investigação após o trabalho de rastreamento identificar que um cidadão dos EUA foi responsável por uma das transações de criptomoedas associadas à venda do conteúdo de abuso sexual infantil.

"Tais carteiras [de criptomoedas] foram vinculadas, por esta equipe do CyberGAECO, ao investigado que foi alvo da medida de busca e apreensão cumprida na manhã desta terça-feira em Florianópolis", detalhou a investigação.

Batizada, de operação Pharos, em referência ao Farol de Alexandria, no contexto de "lançar luz" sobre as camadas ocultas da internet, a ação contou com apoio do Núcleo de Inteligência e Segurança Institucional do Tribunal de Justiça de Santa Catarina e a Polícia Científica.

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