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Vítima de suposto feminicídio no Recanto das Emas foi encontrada pela filha no banheiro de casa


Raquel Gomes Nunes, de 46 anos, estava desaparecida há uma semana. Companheiro da vítima, Fábio de Souza Santos, de 24 anos, é tratado como principal suspeito pela polícia. Rayane Oliveira Nunes, de 26, encontrou mãe morta no DF.

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) investiga a morte de Raquel Gomes Nunes, de 46 anos, como suposto feminicídio. O corpo foi encontrado pela filha da vítima Rayane Oliveira Nunes, de 26, na terça-feira (17), no Recanto das Emas (veja vídeo acima).

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Rayane, que está grávida, diz que não conseguia contato com a mãe desde quarta (11). Ela estranhou a ausência de Raquel no chá de fralda, que aconteceu no domingo (15), e registrou o desaparecimento na segunda (16). Na terça, ela foi até a casa da mãe e encontrou seu corpo no banheiro.

O companheiro da vítima, identificado como Fábio de Souza Santos, de 24 anos, é tratado como principal suspeito pela polícia – ele está desaparecido (veja detalhes mais abaixo).

Raquel Gomes Nunes, de 46 anos, foi encontrada morta em sua casa no DF.

reprodução

Segundo o delegado-chefe da 27ª Delegacia de Polícia (Recanto das Emas), Fernando Fernandes, o corpo de Raquel tinha sinais de violência e enforcamento.

Companheiro da vítima é suspeito

Fábio de Souza Santos, de 24 anos, suspeito de feminicídio no DF.

reprodução

Segundo a polícia, o companheiro da vítima e suspeito Fábio de Souza Santos, de 24 anos, tem várias passagens criminais por furto, roubo, receptação, injúria, desacato e lesão corporal pela Lei Maria da Penha.

Fábio e Raquel estavam em um relacionamento há menos de dois meses. O delegado Fernando Fernandes diz que as brigas entre o casal eram frequentes.

Dados sobre o paradeiro do suspeito podem ser informados, de forma anônima, pelo disque 197.

Uma análise inicial feita nesta terça-feira indica que a morte teria ocorrido há cerca de um ou dois dias. A informação ainda será confirmada pela perícia.

DF já teve 12 feminicídios confirmados em 2025

Se a hipótese de feminicídio for confirmada, este será o 13º crime desse tipo registrado no DF apenas em 2025.

Veja a lista até aqui:

5 de janeiro: Ana Moura Virtuoso, na Estrutural;

15 de janeiro: Elaine da Silva Rodrigues, em Planaltina;

24 de fevereiro: Géssica Moreira de Sousa, em Planaltina;

26 de fevereiro: Ana Rosa Brandão, no Cruzeiro;

29 de março: Dayane Barbosa, na Fercal;

31 de março: Maria José Ferreira, no Recanto das Emas;

1º de abril: Marcela Rocha Alencar, no Paranoá;

9 de abril: vítima não identificada, no Park Way (em investigação);

19 de abril: Valdete Silva Barros, no Sol Nascente;

18 de maio: Vanessa da Conceição Gomes, em Samambaia;

19 de maio: Liliane Cristina Silva de Carvalho, em Ceilândia;

7 de junho: Telma Senhorinha da Silva, no Setor Lucio Costa.

17 de junho: Raquel Gomes Nunes, no Recanto das Emas (em investigação).

O perfil das vítimas: agressões anteriores e filhos para cuidar

Dados da Secretaria de Segurança Pública (SSP) — até 13 de maio — mostram que:

Em 88,9% dos casos, as vítimas não haviam registrado ocorrência contra o agressor;

44,4% sofreram violência anterior ao feminicídio;

A maioria dos assassinatos foi cometida com arma branca (44%), seguida de asfixia (22%), agressão física (22%) e arma de fogo (11%);

Em 44% dos casos, o crime ocorreu dentro de casa;

Em 55% dos feminicídios, a motivação alegada pelos assassinos foi ciúmes;

Todas as vítimas eram mães.

Onde denunciar?

Pelo número 129 da Central de Atendimento da Defensoria Pública — com dígito exclusivo para atendimento de mulheres em situação de violência;

Em uma delegacia de polícia, de preferência nas Delegacias Especiais de Atendimento à Mulher (Deam);

Pelo número 190 da Polícia Militar em caso de emergência;

Pelo aplicativo Direitos Humanos Brasil;

Pelo site da Ouvidora Nacional dos Direitos Humanos, do Governo Federal;

Pelo número 180, que é gratuito.

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